O eleitorado não é um conjunto uniforme, composto por milhões de eleitores que podem ser considerados em segmentos, para efeito de análise. Que se entrecruzam em alguns aspectos.
O histórico das eleições carioca/fluminenses indica a existência de um grande segmento, talvez majoritário, que aceita e vota em celebridade popular. Esse segmento explicaria a eleição de Anthony Garotinho e familiares, um comunicador - via rádio - Romário e outros. Além dos dois citados, uma celebridade esportiva chega com força, associando a sua visibilidade com a renovação: Bernardinho do vôlei.
Uma primeira hipótese, para efeito do desenho de cenários, é que o segmento do eleitorado que irá votar numa "cara conhecida" é maioria, superando 50% do total (mero chute!) dividindo-se entre os nomes citados, deixando pouco espaço para os demais.
Dentro da perspectiva de voto em "cara conhecida" cabe fazer um corte de natureza regional. Resultados das eleições anteriores de 2014 e 2016 dão algumas indicações: o eleitorado carioca, que abrange o Município da capital, terá como conhecidos, além das celebridades, nome políticos já na mente dos eleitores, como Eduardo Paes, César Maia que já foram Prefeitos, Marcelo Freixo, candidato derrotado em 2016, e os filhos (de Bolsonaro, de Garotinho). O conhecimento prévio será importante, mas poderá chegar com alta carga negativa.
Os fluminenses da região metropolitana, tanto os do lado da Baixada Fluminense, como do lado de Niterói, são a segunda maior força eleitoral. Tem uma forte divisão das forças políticas, mais locais que regionais. Mas com uma forte ligação: os evangélicos.
O sul fluminense que abrange uma área industrializada, também não tem uma liderança política proeminente. O norte fluminense tem a presença marcante de Garotinho, comandando a sua família.
Esses segmentos não tem condições de apresentar um candidato regional, mas serão importantes na composição eleitoral dos candidatos cariocas.
(cont)
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