Dória, renovador ou exterminador do PSDB

João Dória Jr  que começou a sua carreira pública, como um  colaborador marginal do então Governador André Franco Montoro, um dos fundadores do PSDB, percebeu a oportunidade de renovação politica e tentou alçar elevados voos.
Foi alçado pelo Governador Alckmin, que percebeu o momento e ousou lançar Dória, como o candidato do PSDB, à Prefeitura de São Paulo, como elemento novo, para enfrentar o candidato do PT. 
Dória saiu-se bem e achou que poderia precipitar o processo de renovação, tomando o lugar do seu padrinho político. Não se saiu bem. Apesar de uma suposta popularidade, pela mobilização nas redes socais, teve que desistir precocemente da pretensão de concorrer à Presidência da República.
Não conformado, contrariando as estratégias e entendimentos do seu padrinho, arregimentou segmentos do PSDB, seduzidos pela sua aparente densidade eleitoral, para a continuidade do grupo nos cargos governamentais.

A pré-candidatura de Dória ao Governo do Estado não significa dar continuidade à doutrina "tucana" no Governo de São Paulo, onde o partido se mantém desde a primeira eleição de Mário Covas em 1994, a evitar a emergência de uma doutrina "socialista brasileira". 

Os apoiadores de Dória não são os guardiões do pensamento e da gestão tucana. A "velha guarda" tem sido alijada do partido e substituida pelos renovadores "doristas" ou "dorianos". 

Quem são esses dorianos e onde estão? Tem espaços dentro do Governo e querem mantê-los? Seus objetivos são patrimonialistas? Mantendo as mesmas visões e interesses da velha política?

Ou seriam os mentores da "repaginação" ou "reinvenção" tão apregoada pelos próprios tucanos do seu partido?

Quais são as mudanças doutrinárias, programáticas ou estratégicas pretendidas por Dória e sua turma, para renovado o partido, se manter no poder estadual, por muitos mais anos?

Estaria, realmente, o eleitorado paulista cansado da gestão tucana, depois de 24 anos? O principal concorrente, denunciante da continuidade e defensor da alternância no poder, sucumbiu antes. 

O PT perdeu substância em 2016, e o seu candidato ao Governo é considerado alternativo ou "azarão".  Não apresenta - de momento - condições de disputar o segundo turno.

A percepção do eleitorado paulista

O eleitorado paulista, nestes últimos 25 anos tem dado preferência aos candidatos do PSDB em todos os níveis estaduais. Apenas nos Municipios, em função dos arranjos locais, há a eleição de candidatos de outros partidos para os executivos. No principal que é o de São Paulo, o domínio do PSDB não tem sido continuado.

A pergunta que não quer se calar é "o que leva a maioria do eleitorado paulista a votar nos candidatos do PSDB?".

Uma resposta simples seria "estar fazendo um bom governo". A maioria da população estaria satisfeita com o desempenho dos governadores estaduais tucanos e não estaria disposta a mudar.

Os governos tucanos, principalmente, com Geraldo Alckmin trabalha com os Prefeitos, no atendimento das prioridades de cada municipio, o que asseguraria a continuidade.

Já a oposição aponta falhas nas gestões tucanas, principalmente na área de segurança pública, mas em outubro de 2018 a oposição, aparentemente estará fraca.

A disputa será dentro da situação, com dois candidatos.

(cont)




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