Inaceitação da barbárie

Não podemos aceitar a barbárie que está voltando ao Brasil, cuja manifestação mais visível foi o atentado à vida de Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas para Presidente da República. Um ato que precisa ser inteiramente repudiado. Mas a par da total rejeição à violência perpetrada por um "louco desvairado", seja por conta própria ou de terceiros, é preciso refletir sobre o ambiente de incivilidade que estamos vivendo. A barbárie se evidencia no "olho por olho, dente por dente". 
O ataque se caracteriza por uma represália de um fanático aos ataques de Bolsonaro, pregando diariamente a violência e a reação armada, aos ataques. 
Ele foi vítima da sua pregação e, felizmente para ele, o agressor não cumpriu o que ele prega: feriu, não matou. Segundo Bolsonaro e seus adeptos, inimigo tem que ser exterminado. 
Não podemos ser hipócritas: o atentado é inaceitável, mas Bolsonaro não é uma "pobre vítima". É a vítima de uma crescente barbárie do "olho por olho, dente por dente". 
Esperamos que ele, uma vez recuperado, volte à campanha mais moderado, não distile tanto ódio aos homossexuais, aos esquerdistas e continue pregando a barbárie, se opondo ao "politicamente correto". 
Porque se voltar com sede de vingança, com "sangue nos olhos", na próxima vez o inimigo não irá titubear: será para matar mesmo.
Podemos rezar e torcer pela sua pronta recuperação. Mas certamente ele não estaria fazendo o mesmo, se a vítima fosse um oponente. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...