segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Mudanças não percebidas

As principais torcidas paulistas ainda imaginam um tradicional final Corinthians x Palmeiras. As cariocas o clássico FlaxFlu.
As mineiras Cruzeiro x Atlético Mineiro. As gauchas o Gre-nal. Não vai dar nada disso.
A final das eleições presidenciais de 2018 não vai ser entre azuis e vermelhos. Entre tucanos e petistas. 
Tanto um como o outro estão desenvolvendo estratégias para uma final que não vai se repetir, depois de 24 anos e 6 disputas finais.
O lulismo não terá força sem o criador e mentor. O petismo, sem lulismo, é uma força menor que só persistirá pelo medo e ataque dos concorrentes. O PT sem o lulismo é um tigre de papel.
Com os dois principais protagonistas se preparando uma disputa que não vai haver, outros tomarão os seus lugares. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

O lulismo sobreviverá sem a presença física de Lula?

Quem tem votos dos mais pobres, principalmente, no Nordeste é Lula, com o lulismo. Não é o PT, tampouco o petismo, que nem sempre coincide com o lulismo. Esse tem como base fundamental o consumismo: significa a melhoria de vida pela capacidade de consumo. Significa poder comer bife todos os dias. Ou "menas": ter três refeições por dia. 
Não é a cartilha da esquerda que foca o confronto com o capitalismo, com o patrão, com o mercado.
Lula desenvolveu uma cartilha própria, que tem grande aceitação pelos eleitores. 
Não tem herdeiros, nem mesmo apóstolos. 
O Andrade é petista, mas não é lulista. 
O mais grave: resiste em ser falso. Resiste em assumir uma personagem. O que Dilma soube fazer com competência, seguindo rigorosamente o "script" de João Santana. Agora não tem mais nem João.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Trabalhador não está votando em trabalhador

A partir da constatação numérica de queda da bancada sindical no Congresso Nacional, o que resultou na derrota da visão dos trabalhadores na Reforma Trabalhista, procuramos entender por que os trabalhadores estão deixando de votar nos líderes sindicais.
O trabalhador aspira a melhoria da sua qualidade de vida, em todas as dimensões. Não apenas durante o seu trabalho dentro da empresa, ou nas relações de trabalho com os empregadores, com os próprios companheiros e outros agentes intervenientes.
Essas aspirações transcendem o emprego, envolvendo as condições de locomoção entre "casa-trabalho-casa", seja no tempo gasto, como na qualidade dos serviços, as condições de moradia, as condições de alimentação e saúde, incluindo as condições do clima, o acesso ao consumo e outros elementos da sua vida cotidiana.
Os sindicatos como a principal instituição de associação dos trabalhadores não os atende, por não terem conseguido ultrapassar os portões das fábricas e de outras portas. Continuam presos às relações de trabalho dentro da empresa, sem cuidar dos demais interesses e aspirações dos trabalhadores. Inclusive dos trabalhadores por conta própria.
Por permanecerem nesse âmbito restrito, os líderes sindicais perderam os votos dos trabalhadores, canalizados para outros candidatos que propõe ou prometem cuidar das demais dimensões da vida do trabalhador. 



Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...