terça-feira, 30 de junho de 2015

Virada sobre a extorsão

A principal facção da quadrilha que comandou o "assalto" à Petrobras não é, como alardeado, pelos fatos já evidenciados, a dos empreiteiros que foram ou ainda estão presos. 
É a dos políticos que começam extorquindo os contratados e depois acertam a sequência de novos contratos superfaturados para dar continuidade à extorsão. 
As empresas que não aceitam o jogo saem dele, como vítimas. As que aceitam, passam de vítimas (nunca inocentes) para protagonistas, ganhando muito e repassando parte dos ganhos, legal ou ilegalmente, aos políticos.
Os empreiteiros foram presos e aparecem como os principais mentores. Os éticos querem acabar com eles, achando que acabam com a corrupção.
Não irão acabar enquanto uma classe de achacadores continuarem assumindo o poder. 
Eles estão fora da alçada da Justiça Regional  do Paraná e por isso não emergiram. Apenas alguns poucos que não conseguiram se reeleger cairam nas malhas do Grupo de Curitiba. 
Acabar com os fornecedores atuais, imaginando que os novos, os substitutos serão éticos e imunes à extorsão, não aceitando e os denunciando é ilusão.
Mas à medida em que a parte visível for cortada, a submersa subirá à tona. Esse é, atualmente, o maior medo dos políticos que montaram e operaram o esquema.
(ver mais no artigo completo, na coluna artigos, o último da lista)

segunda-feira, 29 de junho de 2015

A mídia parcial

Os petistas reclamam, com razão, da parcialidade da mídia que dá ênfase às doações ao PT. Despreza ou omite as contribuições da mesma UTC aos candidatos adversários, incluindo os tucanos.
As doações formais, não surgiram agora na delação premiada. Estão no Tribunal Eleitoral e foram fartamente divulgadas pela mídia. Foram notícias na ocasião. E envolvem doações da Odebrecht, Andrade, Camargo e outras, incluindo a UTC para diversos candidatos.
A informação é requentada, mas como notícia não. A notícia é que "o homem mordeu o cachorro". É o que está na delação premiada. Não importa se requentada. No contexto tornou se notícia. A informação das demais doações corresponde ao "cachorro mordeu o homem". É um simples dado.
As doações ao PT e à base aliada são notícias. As para os outros, mera informação.  
A mídia vive de notícias não de informações.

Rui Falcão, o presidente do PT é jornalista, foi diretor da revista Exame e sabe bem a diferença entre notícia e informação. Ele deveria explicá-la aos seus correligionários. 

sábado, 27 de junho de 2015

O tsunami chegou

A temida delação premiada do Presidente da UTC está vindo a público, com grandes ondas que poderão se transformar num tsunami para arrasar muita coisa no meio político.
Uma grande parte já era conhecida. É só consultar as doações nos sítios da Justiça Federal para saber das contribuições feitas pela UTC aos partidos e aos políticos. Tudo nos termos da lei.

O fato político, ainda não provado objetivamente, é que a fonte desses recursos seria de superfaturamentos em contratos com a Petrobras e outras estatais. Como os sobrepreços nesses contratos tem um percentual muito baixo é dificil caracterizar um preço abusivo ou acima do mercado. A principal fonte dos recursos do "esquema" foi o de contratos para serviços desnecessários. Objetivamente, a empresa poderá demonstrar que tinha lucros suficientes para fazer as doações. O resto é o domínio dos fatos. Verdadeiros, mas que juridicamente precisam ser comprovados. Para indignação da sociedade.

O que se procura demonstrar é que foi formado um cartel para dividir os serviços, e que Ricardo Pessoa era o chefe do "clube". Ele procurou mostrar - como já foi indicado aqui - que era apenas o gerente e operava o que era decidido por um colegiado o qual tinha como principais integrantes a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. 


O seu objetivo, com a delação, foi de que os maiorais também fossem hospedados naquele menos estrelas de Curitiba. Conseguiu o seu objetivo. 

A partir dai o maremoto que causou perde importância. O importante é a destruição que o tsunami resultante está e vai causar. 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Desoneração da folha x produtividade

A desoneração da folha de pagamentos feita por Dilma 1.0, segundo os preceitos do social-desenvolvimentismo, por ela defendidos e com a aceitação das alegações empresariais que aquela preservaria os empregos, não se confirmou.

Embora os empregos, no geral, tenham-se mantidos, nos setores beneficiados não houve aumentos compensadores das perdas de arrecadação.


Com o restabelecimento do tripé macroeconomico, sofisma para a política monetarista resquício do Consenso de Washington, volta-se priorizar os ganhos de produtividade, que a desoneração inibe.

O objetivo da mitigação da desoneração, não é por motivos macroeconômicos, mas tão somente de reduzir as perdas de arrecadação.

Do ponto de vista social vai agravar o desemprego, mas proporciona uma sobrevida a alguns setores industriais cuja sobrevivência é duvidosa, diante da concorrência internacional. 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Menos um bode

A política nacional de exportações lançada ontem pela Presidente de República, dentro de uma Agenda Positiva, é mais um "traque" dentro do dia de São João.
Deveria ser uma proposta forte, objetiva para gerar uma perspectiva favorável para a reanimação da economia. São medidas necessárias, mas sem a objetividade necessária, para alcançar resultados já a curto prazo, prolongando-se para o médio e longo prazos.

Apesar das declarações do Ministro de Indústria e Comércio Exterior, não passa de uma carta de intenções, nas questões estratégicas.

Colocar o foco nos EUA é um grande avanço, mas não houve uma declaração firme no sentido do Brasil se incorporar ao NAFTA. Irá a Presidente, na próxima visita aos EUA, concretizar o acordo?

No acordo com a União Europeia, o discurso é de realizar o acordo, mas na ultima reunião, em que a própria Presidente esteve presente, não houve o suficiente empenho, preferindo se culpar a União Europeia de não ter apresentada a sua pauta. 

O dado mais positivo são as medidas em relação ao "draw back", não em si, mas por indicarem uma direção à maior participação do Brasil nas cadeias globais.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

A indústria sobreviverá à crise?

A indústria no Brasil está se desmilinguindo com a crise, parando atividades, demitindo trabalhadores e até fechando fábricas.
Com a continuidade de crise por pelo menos um ano, podendo chegar a mais, ela continuará "ladeira abaixo". Alcançado o ajuste fiscal, ela conseguirá se restabelecer ou estará sem condições de concorrer com as importações? Precisará de barreiras para evitá-las? Com isso conseguirá se recuperar ou será apenas prolongar uma agonia e uma sobrevida?
A indústria tradicional estará irremediavelmente condenada, diante das novas circunstâncias mundiais? Haverá oportunidades para o desenvolvimento de novas oportunidades, baseadas em alta tecnologia? 
A indústria de equipamentos médicos, de medicamentos, de insumos agrícolas, de equipamentos para fontes de energia, não tradicionais e de defesa, candidatos a acompanhar a EMBRAER serão viáveis?

terça-feira, 23 de junho de 2015

Renda menor tolhendo as compras

Os consumidores estão comprando menos porque a sua renda está menor. Mas principalmente pela expectativa de que a sua renda vai diminuir mais ainda nos próximos dias ou meses.E também porque os preços  continuam subindo. 

Alguns preços sobem porque os reajustes estavam reprimidos, como s de energia e combustíveis. Outros porque há uma redução de oferta sazonal, como o tomate e a cebola. Mas os produtos industrializados tem os preços elevados como compensação à redução do consumo.

O Governo aumenta os juros na expectativa de os agentes econômicos reduzam o preço para vender mais. Mas esta não está sendo a resposta da indústria, principalmente das grandes multinacionais que dominam hoje o mercado de produtos de consumo.

Para reverter isso só depende de mudança de comportamento do consumidor deixando de buscar os produtos das marcas tradicionais e trocar por produto mais baratos. 

A política de juros altos do Banco Central não está funcionando porque não está conseguindo afetar corações e mentes dos consumidores em deixar os produtos e serviços com elevação dos preços e buscar alternativas.

Diante da manutenção da demanda, o ofertante continua aumentando os seus preços.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Quebrando o país para combater a epidemia

Segundo entendimento do Grupo de Curitiba, capitaneado pelo Juiz Sérgio Moro, a epidemia da corrupção, continua ocorrendo nos dias de hoje. Para evitar a sua maior propagação ele quer parar todas as obras públicas em execução pelo "clube das empreiteiras", manter em isolamento os principais protagonistas e evitar a sua participação no novo programa de concessões, recém lançado pelo Governo.

Entende que se for necessário "quebrar" o país para purgar a doença, deve ser feito. Para a reconstrução de um país ético.

Continuarão tendo o apoio da sociedade? 

(ver o artigo completo na coluna artigos)

sábado, 20 de junho de 2015

Tempo de serviço ou de contribuição

A previdência é baseada numa poupança individual, do trabalhador ativo, complementada pelo empregador e pelo Estado. Contribuindo durante pelo menos 35 anos o trabalhador ou trabalhadora teria o direito de receber um provento, pelo resto da vida, ficando na inatividade. Dependendo desse tempo de inatividade poderá gerar ganhos ou perdas para a previdência. Essa é a visão dos gestores dos sistemas de previdência.

Não é, no entanto, a visão dos inativos que querem um prêmio pelo trabalhado ao longo da vida ativa, independentemente da sua contribuição.

É essa cultura de premiação ou direito a ela, que leva as  mulheres a defenderem uma aposentadoria precoce, pelas suas jornadas duplas de trabalho, cuidando da casa, dos filhos, dos respectivos maridos, ainda que não recebam e não contribuam à previdência por conta desse trabalho adicional.

A previdência não conta o tempo de serviço, tampouco as jornadas múltiplas, mas apenas o tempo de contribuição efetivo. 

Esse é o grande conflito que cerca qualquer montagem ou reforma da previdência. Toda e qualquer fórmula se baseia num conceito. É esse conceito que precisa ser devidamente discutido.
(ver o artigo completo linkando na coluna artigos)

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Atuário x beneficiário

O atuário só enxerga as contas da previdência pelo equilibrio ou desequilibrio entre as contribuições e os beneficios. 
O beneficiário só enxerga os seus ganhos ou expectativas de ganhos com a aposentadoria.
O atuário quer desincentivar a aposentadoria precoce. A ou o previdenciário que aposentar mais cedo, para garantir uma renda minima e continuar trabalhando.

O problema real não são os velhinhos, seus parentes e conhecidos que tem renda baixa e ainda reduzida. Eles é que são colocado na frente da questão. Por pura demagogia.

O problema são os jovens entre 50 e 65 anos que buscam se aposentar sem deixar de trabalhar.

A fórmula 85-95 resolve em grande parte a questão psicológica.  Por ser uma fórmula mais facilmente inteligível. Vai desincentivar  a aposentadoria precoce, mas sem acabar com a insatisfação com o fator previdenciário que continua existindo abaixo do 85-95.

A sociedade brasileira vai ter que discutir as questões principais, todas altamente polêmicas:
  1. idade mínima para se aposentar, sendo maior para as mulheres do que dos homens;
  2. aplicação da fórmula 85-95 para os servidores públicos.

 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

E agora tucanos?

A bancada do PSDB no Congresso adotou uma tática perigosa de manter a Presidente "sangrando", comprometendo um futuro que poderá ser seu. 
De que adianta desgastar a Presidente se não for para derrotar o PT em 2018 e assumir, novamente, o poder. 


Conseguiu o seu objetivo tático. Desgastou-a perante a classe trabalhadora e junto às Centrais Sindicais. Mas obtido esse resultado precisa agora agir estrategicamente.

Se ajudar a derrubar o veto, vai ter que fazer a reforma quando virar governo (se virar) com todo o desgaste, ou terá que pagar a conta da sua irresponsabilidade fiscal, por populismo.


É contando com essa perspectiva que a Presidente vetou e espera que o PSDB não derrube o veto. Devolveu a "batata quente".

(ver o artigo completo na coluna artigos, aqui ao lado direito)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Quém é a favor do Brasil?

Diante das dificuldades de aprovação das medidas propostas pelo Governo no ajuste fiscal, agora maior em relação à desoneração da folha de pagamentos, o "mercado" através dos seus porta-vozes na mídia reclama da suposta "falta de seriedade" dos políticos do Congresso: por não pensar no Brasil, no que é bom para o Brasil.
Só mercado pensa no que é bom para o Brasil?  Tem eles esse monopólio? Se acham que o Legislativo só atrapalha, para que a democracia? Não seria melhor uma ditadura sem disfarces, sem Legislativo? O Legislativo teria pensado no que era bom para o Brasil, quando aprovou sem maior contestação a desoneração da folha, que agora o Governo quer revogar? 
Alega-se que os congressistas só querem negociar. É uma verdade parcial. No caso todos os grupos empresariais que foram beneficiados com a desoneração querem mantê-la. 
O confronto real e entre o Brasil produtivo (ou improdutivo) e o Brasil financeiro. 
O fato é que a desoneração foi feita com a intenção de animar o crescimento econômico, não alcançou os resultados desejados e gerou uma conta monstruosa para o Tesouro. Precisa ser revista por ineficácia, não por picuinhas.



 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Des e reindustrialização

O Brasil está num processo de desindustrialização irremediável e irrefreável por conta de mudança no cenário mundial, mal entendidas e mal diagnosticadas.
Houve uma perda de competitividade e coloca-se a culpa em fatores reais mas irrelevantes diante do fator principal: a baixa produtividade.

A produtividade, no mundo atual, é função da grande escala que só é viável para os empreendimentos industriais voltados para o mercado mundial. 

O Brasil, ao insistir em ficar voltado para o mercado interno não consegue alcançar as escalas mínimas de produtividade para ser competitivo. 

Está fadado a ser uma economia com baixo grau de industrialização. Dependente da exportação de commodities para ter acesso aos produtos industriais modernos.
A reindustrialização é possível economicamente, mas para isso é preciso superar preconceitos ideológicos, cultura provinciana e retrógrada e ilusões. 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O animal é outro

A expectativa do Governo é restabelecer a confiança e despertar o instinto animal do empresário privado. Segundo as lições atribuidas a Schumpeter ou a Keynes.

O problema é que o mundo mudou e as grandes empresas não são mais dirigidas pelos seus criadores ou familiares, mas por executivos profissionais, contratados pelos acionistas.  Não tem o mesmo espírito do empreendedor, que, por natureza, corre maiores riscos. 

O executivo precisa mostrar resultados a curto prazo e preservar o seu emprego. Avalia os riscos racionalmente, diferentemente do empreendedor que arrisca na base do seu "feeling". Nem sempre dá certo, mas não é conservador como o executivo. O executivo não tem espírito animal.

Uma grande parte das empresas é formada por multinacionais cuja direção está em outro país. Despertar a partir de Brasília o instinto animal do dirigente alemão da Volkswagen não é tarefa fácil.

Ademais os próprios controladores das empresas não são mais os criadores, mas fundos de investimentos, que precisam prestar contas aos seus investidores.

Para despertar o instinto animal do empreendedor é preciso antes encontrá-los. 

(ver artigo completo, na coluna artigos)

sábado, 13 de junho de 2015

A ferrovia bioceânica não é oceânica

Para inflar o programa de concessões em infraestrutura logística o Governo incluiu a ferrovia transcontinental, eleita pelos chineses com o traçado mais desejável para o corredor bioceânico.


O corredor bioceânico, como um todo, parece ser inviável, mas dois dos seus principais trechos ao norte poderiam ser implantados independente da ligação completa.


O Brasil vê o corredor como uma saída para os seus grãos. Aos chineses isso convém, mas eles estão mais interessados numa entrada para os seus produtos industrializados a serem vendidos no sudeste. Uma ferrovia que termina em Campinorte, em Goiás, na conexão com a Norte-Sul, não lhes satisfaz. 

(ver o artigo completo, com link na coluna artigos)

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Equivocos ou ilusões em relação aos aeroportos

O programa de concessões lançado pelo Governo Dilma repete os erros da privatização da gestão FHC que não levou em conta a visão estratégica. Com exceção do setor de telecomunicações.

No caso dos aeroportos o Governo não percebe adequadamente as condições de concorrência entre os aeroportos independentes. A concorrência não é entre aeroportos, mas dos polos turísticos. O aeroporto é um elemento acessório. Ninguém tem como destino final um aeroporto. Mas sim o polo turístico.

A concorrência entre aeroportos só ocorre em torno da posição de hub. Essa já ocorreu nas duas primeiras fases. Restou a alternativa de um hub no Nordeste. Mas para isso o Governo deveria colocar em licitação os três principais, Fortaleza, Recife e Salvador. Não incluir Recife é o principal equívoco do pacote.

(ver o artigo completo na coluna de artigos, à direita)


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Combinaram com os russos?

O lançamento com grande alarde de um pacote de concessões na área de logística me faz lembrar a famosa indagação de Garrincha, após minuciosa preleção do técnico Feola sobre como deveriam enfrentar os soviéticos, na Copa do Mundo de 50: já combinaram com os russos?

Os russos, no caso, são os investidores e empreendedores. O que os atrairá para investir nos empreendimentos propostos?

O que o Governo acha que eles querem é o que efetivamente querem?

Eles querem um bom negócio. O Governo quer resolver problemas. Vai dar para conciliar? 
Vai sair gol?

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Incorrendo nos mesmos erros

O pacote de concessões lançado pelo Governo incorre nos mesmos erros anteriores de avaliar a lógica dos empreendedores e investidores privados segundo a lentes distorcidas da visão pública de esquerda.

O sucesso ou insucesso do pacote depende da percepção dos investidores privados sobre as perspectivas de retorno dos seus investimentos a médio e longo prazos. 

Um olhar inicial sobre os empreendimentos incluídos no pacote indica que a maioria não oferece a atratividade adequada para o investidor.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Tudo muito lento

O Brasil está em crise. A recessão está se agravando, com uma sucessão de demissões. Há uma saída possível de curto prazo, mas o Governo age lentamente, atacado pela síndrome das "políticas setoriais".

A saída está no mercado externo e a alternativa está na exportação de automóveis para outros mercados fora do Mercosul. 

Dada a conformação empresarial não se trata de exportações - no sentido comum - mas de transferências da produção de uma subsidiária a outra. Precisa ser acordado com as sedes das multinacionais.

O Governo sabe disso, mas não o promove por preconceito ou covardia. Ou seria por mera incompetência?

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Mais uma grande oportunidade histórica quase perdida

"O Brasil pode esperar a Petrobras se recuperar, para retomar - com plenitude - o seu programa de exploração do seu petróleo?" 

Se for esperar, o petróleo do pré-sal não ajudará a Brasil sair da crise ou retomar o seu crescimento a curto prazo, e ainda irá agravar a crise.

Se não for esperar e abrir o mercado, a exploração do petróleo do pré-sal poderá ser o principal elemento de alavancagem da retomada do crescimento econômico, mas poderá estar comprometendo a sua autonomia futura.

A decisão urge e terá que ser tomada ainda neste semestre, logo após a apresentação do Plano Estratégico  2030  e Plano de Negócios 2015-19 da Petrobras. 

(ver o artigo completo na coluna Artigos)

sábado, 6 de junho de 2015

Mudar o eixo de crescimento do Brasil

O Brasil tem uma nova oportunidade de voltar a crescer, mudando o seu eixo estrutural e territorial.
O eixo estrutural é aceitar e desenvolver o Brasil das commodities, deixando de rejeitá-lo. O territorial, como consequência é dotá-lo de uma logística própria, independente do Brasil Industrial que se instalou no sudeste.
A alternativa está o eixo e saída norte.
O momento é agora com o lançamento do pacote de concessões da infraestrutura logística. 
Se o Brasil definir o Eixo Norte, como o seu novo grande projeto, os investidores privados irão investir - preferencialmente - nas concessões vinculadas a esse.
O sudeste está enfraquecido. A Presidente o perdeu e não tem como recuperar a curto prazo. Precisa de uma agenda positiva inovadora e de alto impacto. 

Esse é o Brasil novo, o Brasil das commodities, saindo pelo norte. 

(ver o artigo Um Novo Brasil, na coluna artigos)

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Globalização e pandemia de corrupção

(AFP / Kauan Oliveira de Lima)
O fascínio exercido pelo futebol em toda a humanidade, com bilhões de crianças, jovens e adultos buscando dominar uma bola com os pés, deu origem ao maior fenômeno globalizado da era moderna. Pode ser sintetizado pelo seu evento máximo: a Copa do Mundo da FIFA, realizada a cada 4 anos.

Envolve uma organização ampla e complexa que tem na base, os clubes de futebol. Seguem uma estrutura hierárquica de federações, confederações nacionais e regionais que culmina na organização mãe que é a FIFA. Uma organização internacional com mais países integrantes do que a ONU.

A maior marca mundial que envolve outras grandes marcas globais. Coca-Cola, Nike, Adidas, Visa,  e outras grandes marcas de penetração mundial participam do processo.

Esse esquema traz junto dele o vírus da corrupção, que se manifesta silenciosa e quase clandestina. Agora essas práticas estão sendo evidenciadas, indicando que a corrupção é uma pandemia que envolve todos os modelos civilizatórios.

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...