Vitória relativa do despachantismo

Os deputados federais são eleitos, na sua maior parte, como despachantes de interesses comunitários. 
Em 2018, muitos perderam para os despachantes de interesses corporativos: principalmente para as corporações dos servidores públicos e dentre eles os policiais e militares.
Os eleitores evangélicos são influenciados pelos pastores a "votar nos irmãos" a partir de um pauta de costumes, mas são usados como massa de manobra, para eleger deputados que, na Câmara, vão ser a base para manter as vantagens tributárias para as Igrejas: a principal e verdadeira pauta das lideranças das denominações. Ou sejam, interesses da corporação dos pastores, apóstolos e bispos pentecostais (néo ou tradicionais).
Supostamente os despachantes comunitários representam a "velha política" e muitos não foram reeleitos, dando margem a uma significativa renovação numérica na Câmara dos Deputados: mais de 50%.
Os novos não significam uma "nova política", mas apenas a renovação da roupagem da "velha política".
A posições e votações na Câmara do Deputados, dos novos, principalmente do PSL, retratam essa realidade.
Na Reforma da Previdência a bancada dos policiais quer restabelecer os benefícios perdidos com a Mini-reforma da Previdência de 2003. 
Se atendidos, com apoio do seu líder corporativo, instalado no Palácio do Planalto, a Nova Previdência não seria um avanço, mas um retrocesso.

(cont) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...