A importância relativa da rede social nas eleições de 2018

A opinião publicada tradicional embala grande esperança na influência da rede social, através da internet, nas eleições de 2018, acreditando que a mesma contribuirá decisivamente para a renovação do Congresso e para a eleição presidencial.

Os números são promissores. O número de eleitores aptos a votar em 2018 deverá estar por volta de 150 milhões. Excluidas as abstenções, cerca de 130 milhões deverão ir às urnas. Os votos válidos deverão ser da ordem de 115 milhões. O número de aparelhos celulares no Brasil já é da ordem de 230 milhões, praticamente um aparelho por habitante. A quase totalidade dos eleitores terá um aparelho celular.

É um dado altamente significante, mas apenas necessário. Não suficiente. Não basta ter o aparelho e uma linha ativa. 

A condição fundamental é o eleitor se interessar em se informar ou se orientar pela rede. Se ele não tiver interesse, não irá acessar os aplicativos que contenham as mensagens. E se os receber sem pedir, tenderá a apagar e bloquear. O fato de ter um aparelho celular não garante que ele estará nas redes de conteúdo político.

Tendo interesse poderá baixar no seu aparelho celular ou no computador um aplicativo específico, que facilitará o acesso às informações. 

Tanto no primeiro caso como no segundo, ele terá acesso a um banco de dados, dentro do qual ele irá buscar a informação desejada. 

As plataformas já existentes, como ranking dos políticos, (www.politicos.org.br), atlas políticos (www.atlaspolitico.com.br)  e outros tem essa característica. São bancos de dados com avaliação e classificação dos políticos atuais. 

Além da discussão sobre os critérios de avaliação, sempre com algum viés ideológico, a sua efetividade dependerá de conseguir o interesse do eleitor em buscar os dados. 

Os bem avaliados e ranqueados as usarão em benefício das suas campanhas. Os mal avaliados o desconhecerão ou renegarão.

Outra questão é sobre os conteúdos das eventuais mensagens que sejam difundidos pela rede social, visando orientar ou influenciar a decisão do eleitor. 

Que conteúdos alcançarão corações e mentes dos eleitores? 

Não basta que ele tenha um aparelho celular, ou mesmo os aplicativos. É preciso que a mensagem tenha o poder de afetar a sua decisão. 

As mensagens nunca serão isentas. Elas sempre carregarão um proposito, a favor ou contra.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...