A indústria do café no Brasil (2)

O Brasil, embora seja hà muito tempo, o maior produtor mundial de café, se "acomodou" em ser o maior exportador do café verde. 
O setor, dominando pelos fazendeiros, que se enriqueceram com a produção e se tornaram a maior força política até 1930, não se preocuparam com a agregação de valor do produto. 

Mesmo voltado para o mercado externo, como consumidores, passeando e comprando, com suas mulheres, no "circuito Elizabeth Arden" não perceberam ou não deram atenção a como os alemães, holandeses e suiços agregavam valor aos seus grãos.

Deixaram isso nas incompetentes e, provavelmente corruputas, mãos do Estado. 

O resultado foi a decadência do setor, 

Um novo ciclo

O café do Brasil entrou num novo ciclo, com o amplo ingresso das principais multinacionais no setor, desbancando a posição solitária e dominante da Nestlé, que havia se especializado no segmento do café solúvel. 

As multinacionais estão agora em todos os elos da cadeia produtiva, começando com participação na produção. Embora essa continue fortemente desconcentrada, com grande participação de produtores nacionais de menor porte.

O elo da torrefação e moagem já tem na ponta do ranking duas multinacionais: a Três Corações, com a participação da israelense Strauss e a JDE, com diversas marcas populares (Pilão, Caboclo, Seleto e agora também Pelé). A Mitsui, tem também participação relevante. 

O setor de solúvel segue com a liderança da Nestlé, mas com a Três Corações e a JDE investindo no setor.

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