Partindo da premissa da existência de um "exército de miseráveis" no centro da cidade de São Paulo, com tendência de estabilização ou mesmo de redução, uma primeira estratégia seria de estimular a redução, pela geração de oportunidades de trabalho em outras áreas.
Deve se ter em mente que trata-se de trabalho informal, não de empregos, mas suficientes para tirá-los da miséria para passar à faixa da pobreza.
Nessa faixa poderão ir para as periferias longínquas, gastando mais de 4 horas por dia na condução e ainda tendo que pagar por ela.
Os que conseguirem empregos formais poderão ficar em periferias menos longínquas.
Mas muito ainda preferirão ficar no centro, em ocupações irregulares, para ter baixo custo de moradia e se locomover com maior facilidade de ônibus ou metrô para os seus locais de emprego.
Dadas as vantagens de infraestrutura logística, a estratégia é um "up grade" no exército de miseráveis para elevá-los à condição de exército de pobres, com trabalho tanto no próprio centro, como em outros bairros servidos pelo transporte coletivo.
É uma estratégia discutível sobre vários aspectos, mas uma delas é dos defensores dos direitos humanos que, preliminarmente, não aceitam que haja o exército de miseráveis. E se houver uma atuação do Poder Público seria para elevá-los à classe média. E não mantê-los na pobreza.
Para a moradia desses néo-pobres seria um aluguel subsidiado, pela ocupação de edifícios vazios, sem a incidência dos altos custos dos terrenos.
Mais à frente iremos explicar como poderia funcionar esse esquema de aluguel de imóveis formais, de menor custo, sem a incidência do valor do terreno e com isenções tributárias.
O problema maior estaria na seleção dos candidatos a esses imóveis com aluguel favorecido (embora sem subsídios diretos).
Isso envolverá uma parte do exército de miseráveis. Uma grande parte continuará nesse e será necessário equacionar adequadamente o atendimento das necessidades de moradia deles.
(cont)
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