As dificuldades de Dória

João Agripino foi eleito Prefeito de São Paulo, em 2016 com os votos de petistas, descontentes com o então candidato Fernando Haddad.
João Agripino Dória Filho, esperto e competente marketólogo, percebeu a razão do descontentamento: ausência física do Prefeito, que não voltou às bases, depois de eleito. 
Com presença constante, a partir das primeiras horas da madrugada, fixou a imagem do João Trabalhador, contrapondo-se ao burocrata Fernando Haddad e tirou os votos dos descontentes tendentes a votar em Celso Russomano.
Não foi eleito pelos votos anti-pt, ou anti-esquerda mas dos descontentes com o partido. Mas não com Lula. Seguem lulistas, mas Dória não vai ter que enfrentá-lo diretamente. 

Candidato a Governador, irá perder grande parte dos votos dos descontentes com Haddad. E perderá ainda votos a seu favor, pela sua traição, abandonando a Prefeitura precocemente. Na cidade de São Paulo, a sua questão eleitoral é como conseguir reverter a seu favor, os votos dos descontentes com os outros. Em quem os adeptos, mas não militantes, do PT irão votar para Governador? O mais provável é Marcio França porque a outra alternativa é o "patrão" Paulo Skaf, além do mais, o candidato de Temer.

E no interior? Conseguirá os votos dos desiludidos do PT? Sem esses votos dependerá dos votos do seu padrinho, que tem dois candidatos.

A sua principal disputa no primeiro turno será mais com Paulo Skaf do que com Márcio França.  

(cont)


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