Nas exportações o principal comprador é uma trading, na maior parte dos casos multinacionais. No caso de grãos, os maiores produtos da agricultura brasileira, a comercialização internacional é dominada por um pequeno grupo de tradings tradicionais (ADM, Bunge, Cargill e Dreyfuss) agora enfrentando a concorrência da chinesas Cofco. As tradings japonesas não conseguiram se firmar no setor. Há ainda alguns grupos nacionais, como a Maggi, Algar e outras.
Os produtores, principalmente as de menor porte, se organizam em cooperativas para melhorar as suas condições de comercialização, mas acabam tendo que vender para as tradings, que tem ramificações internacionais.
O comprador industrial é o que beneficia ou transforma dos alimentos, segundo três categorias principais:
- os beneficiados para exportação;
- os beneficiados para integrar cadeias produtivas com fases nacionais, mesmo que os produtos subsequentes sejam exportados.
- os transformados em produtos alimentícios industrializados, na maior parte para o consumo nacional. O Brasil é um pequeno exportador de produtos alimenticios prontos (ou semi-prontos) para o consumo final das pessoas.
Entre os beneficiados para exportação, os mais importantes são o farelo de soja, que gera concomitantemente, o óleo de soja, o açúcar, etanol e o suco de laranja.
Na segunda categoria está o milho, transformado em ração para alimentação de aves e suinos. Os quais são em grande parte exportações. Da mesma forma o óleo de soja é usado para produção de biodiesel, que em parte é exportado.
Na terceira categoria a própria soja é usada como ingrediente para a produção de margarinas, biscoitos e outros produtos que requerem a participação de gorduras na sua produção.
No caso de lácteos, a principal transformação industrial (que pode também ser artesanal) é a produção de iogurtes, manteigas e queijos.
A destinação ao mercado interno, "in natura", ou beneficiado, sem alteração da natureza do produto (lavagem, separação/ classificação, embalamento, podendo ser considerada a seguinte divisão:
- mercado local ou regional, onde o produtor leva e vende diretamente o seu produto em um mercado aberto (feira ou mercado)
- mercado atacadista, onde um intermediário compra o produto agrícola do produtor e o transporta para revenda em Centrais de Abastecimento, supermercados e outras lojas urbanas de comercialização de produtos agrícolas "in natura".
- mercado final, em que o comprador é uma rede de supermercado ou lojas, que negociam diretamente com o produtor.
Vários produtos agrícolas e derivados da pecuária, estão deixando se serem vendidos a granel, sem beneficiamento, para serem praticamente industrializados, por grandes empresas, mediante seleção, lavagem ou similar, e embalamento, como vem ocorrendo com o arroz, feijão, leite e outros.
(cont)
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