Cenários para 2018

Em outubro de 2018 os eleitores brasileiros irão às urnas para a escolha do novo Presidente, todos os 513 deputados federais e 54 Senadores. E ainda 27 governadores e milhares de deputados estaduais.
Em primeiro lugar não é bem assim. Todos os eleitores brasileiros poderão votar num candidato a Presidente seu Vice-Presidente. Não poderão votar em qualquer candidato a deputado federal ou senador. Cada eleitor só poderá votar nos candidatos do seu Estado
Não é uma percepção clara para os brasileiros, principalmente pelos paulistas onde está o maior colégio eleitoral. O eleitor paulista não pode reeleger ou deixar de eleger Renan Calheiros. Isso é prerrogativa do eleitor alagoano.
Os paulistas entusiasmados com Daniel Coelho, o líder dos tucanos cabeça preta, não podem votar nele. Só se mudarem a sua residência e título de eleitor para Pernambuco. 

As pesquisas eleitorais indagam sobre preferência dos eleitores "se a eleição fosse hoje", isto é nas atuais circunstâncias e candidatos visíveis.

As circunstância em outubro de 2018 poderão ser outras, principalmente em relação às reformas. 
O posicionamento politico sobre as reformas se baseia em expectativas.
A reforma previdenciária terá poucos impactos reais sobre as condições efetivas em outubro de 2018. Pouco mudará das atuais.
Já o mercado de trabalho poderá estar com algumas configurações diferentes da atual.
O quadro atual é de elevada desocupação, com cerca de 14 milhões de trabalhadores sem trabalho constante e uma redução progressiva dos empregos com carteira assinada. Ademais, um grande volume de trabalho em condições precárias.
Com a aprovação da Reforma Trabalhista, além da Terceirização generalizada, já aprovada, Temer e seu grupo prometem reverter esse quadro com a redução geral da desocupação e aumento significativo dos empregos com carteira.
Irá capitalizar esse eventual quadro melhor do mercado de trabalho, como fruto da reforma trabalhista e os que a apoiaram poderão ganhar votos.
Já a oposição, principalmente os deputados e próceres petistas, afirmam que a reforma trabalhista retira direitos dos trabalhadores, irá aumentar a informalidade e a precarização das condições de trabalho. E que os deputados e senadores que a apoiarem "irão pagar caro" pela posição contra os trabalhadores.
Em ambos os casos, são "apostas". Cujo resultado ocorrerá antes e, principalmente, às vésperas de outubro de 2018.
Para os empregados os principais indicadores serão o reajuste do salário-mínimo, o pagamento antecipado do 13º salário e as férias. Se isso foi confirmado, mesmo após a eventual aprovação da reforma trabalhista, será a comprovação de que os seus direitos não foram afetados. Os demais dependerão de negociações pontuais. 
Para os informais obrigados a essa condição, voltar a ter a carteira assinada será um grande alivio e percepção de que o cenário catastrofista do PT não ocorreu. E isso contribuirá para votos contrários aos candidatos do partido. 
Ao contrário, se o mercado de trabalho em outubro de 2018 estiver pior que o atual, o PT terá condições de se recuperar do esvaziamento ocorrido nas eleições de 2016. 

As posições em relação à reforma trabalhista não se baseiam em condições objetivas, mas em perspectivas, em percepções subjetivas, baseadas em ilações. 








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