Como chegaram ao poder?

O noticiário que atende à opinião publicada está tomada, com indignação, com a soltura dos 3 principais políticos estaduais do PMDB do Rio de Janeiro. A revogação da revogação não reduz a indignação. 

Eles juntamente com o ex-Governador Sérgio Cabral, ainda preso, conquistaram e dominaram o poder político do Rio de Janeiro hà mais de 18 anos.
Como eles, conquistados o poder conseguiram se manter agora parece estar bem conhecido, mas faltam análises sobre como eles conquistaram o poder no Rio de Janeiro.
Jorge Picciani, levado à política por Marcelo Cerqueira, e ligado ao então Governador Leonel Brizola, do qual foi Secretário de . Integrante do PDT de Leonel Brizola, foi eleito pela primeira vez deputado estadual, em 1990. Em 1995 se transfere para o PMDB. A conquista do poder estadual ocorre com a sua eleição para a Presidência da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro - ALERJ - em 2003, substituindo Sérgio Cabral. Reeleito por 4 vezes, manteve o comando da Casa, mesmo quando não integrante da mesma, por ter concorrido sem sucesso a outros cargos.

Sérgio Cabral se elege deputado estadual, pela primeira vez, na mesma eleição de 1990, mas com muito mais votos. Reelege-se em 1994, como o deputado mais votado. 

E por ser o mais votado, consegue logo presidir a ALERJ, em 1995, permanecendo no cargo até 2003, transferindo o cargo a Jorge Picciani, integrante do mesmo grupo político.

Em 2002 pulou da Assembléia Estadual para o Senado, vencendo a eleição, junto com a eleição de  Anthony Garotinho, para Governador e Benedita Silva, para vice-governadora. Ela assumiu o Governo em 2004, quando Garotinho se desincompatibilizou do cargo para concorrer à Presidência da República.

Todos os Governadores eleitos, no período, Marcelo Alencar, Anthony Garotinho, Benedita Silva e Rosinha Garotinho, ficaram na dependência de acordos com o grupo Cabral-Picciani, para conseguir aprovar medidas de interesse do seu Governo na ALERJ.


A trajetória de Brizola

Brizola é eleito Governador do Rio de Janeiro, pela primeira vez em 1982, após seu retorno do exílio em 1979. Substituido por Nilo Batista, seu vice-governador,  candidata-se à Presidência de República, em 1988, ficando em terceiro lugar, perdendo para Lula, que também é derrotado por Fernando Collor. Segundo a teoria da conspiração a candidatura de Collor foi apoiada pela Rede Globo, então sob comando de Roberto Marinho, para evitar que Brizola fosse eleito Presidente de República. 

Brizola ainda consegue se eleger Governador do Estado em 1990, em primeiro turno. Em 1994, se candidata à Presidência da República, não conseguindo o seu intento. Na eleição subsequente - 1998 - alia-se a Lula, concorrendo como o seu Vice-Presidente, mas é novamente derrotado por Fernando Henrique Cardoso.

Em 1994, não consegue eleger Anthony Garotinho, perdendo para um ex-aliado: Marcelo Alencar, que por divergências em relação ao candidato do PDT, com Brizola, migrou para o PSDB. 

Em 1998, apesar da derrota para a Presidência, é decisivo para a eleição de Anthony Garotinho, então filiado ao PDT.

Ainda nos anos noventa começa a enfrentar a defecção dos seus companheiros e aliados, que migraram do PDT para outros partidos, buscando caminhos próprios, como Marcelo Alencar, em 1993, Anthony Garotinho, em 2000, César Maia e outros.

Jorge Picciani, um quadro brizolista, deixa o PDT, pelo qual fora eleito deputado estadual em 1990 e 1994 e migra para o PMDB, em 1995.


Os motivos das primeiras eleições

Como Cabral e Picciani conseguiram se reeleger sucessivamente, apesar de algumas derrotas para cargos maiores, ora está conhecida.

Mas como conseguiram se eleger na primeira vez?

Agora que deixaram um vácuo político eleitoral, quem irá preenchê-los. Com base em que tipo de campanha eleitoral?






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