O discurso da renovação (4)

O discurso sobre a segurança 

A segurança pessoal dentro da sua comunidade é uma das principais aspirações das pessoas, que tem quatro opções principais:

  • confiar na segurança pública estatal;
  • confiar numa segurança pública privada;
  • contratar uma segurança privada;
  • armar-se pessoalmente, contra as ameaças.


A primeira é obrigação do Estado, nem sempre cumprida, por falta de recursos orçamentários, como pela corrosão interna, em decorrência da corrupção. 

Sem a segurança pública estatal, comunidades tem aceitas - até por intimidação - a segurança pública privada, como ocorre com a atuação de milícias em favelas e comunidades pobres na cidade do Rio de Janeiro. A proteção individual é garantida por grupos criminosos, com as suas regras e punições próprias. 

A terceira tem sido a solução da elite, das classes mais ricas que contratam pessoas ou empresas para assegurar a sua segurança pessoal e patrimonial. Embora tenha se expandido nas cidades, ainda tem dimensão restrita, em função da renda. Nas áreas rurais, fazendeiros formam "exércitos" próprios, para se defender de invasores e eventuais ladrões. 

A quarta envolve uma grande discussão dentro da sociedade, com grupos a favor e outros contra. O risco, como vem ocorrendo nos EUA, é do uso das armas com posse legalizada, para fins ofensivos, contra civis. Os sucessivos massacres tem levado a fortes reações de parte da sociedade contra as facilidades de aquisição de armas. O que, por outro lado, é defendido no Brasil. O candidato a Presidência, Jair Bolsonaro defende o armamento pessoal, com significativa aceitação.

Que discurso deve ser adotado pelos renovadores. Necessariamente não são apenas os defensores dos direitos humanos pela paz. Há também novatos, com posições armamentistas.

Renovação não pode ser vista apenas segundo viés ideológico. 

Poderão se candidatar novatos de esquerda, como de direita, estatizantes ou liberais, pacifistas ou belicistas, evangélicos ou não. Assim como outras disjunções. 

(cont)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...