O enigma dos deputados evangélicos (2)

O livro de Andréa Dip, "Em nome de quem" é esclarecedor em parte, mas ainda deixa muitas dúvidas.
Estou partindo de uma premissa, para ser confirmada ou contestada: nas eleições parlamentares de 2018, particularmente, para a Câmara Federal, a renovação efetiva - eleição de novatos "puros" - será pequena e a emergência dos poucos com essa condição ocorrerá a partir da eleição pelos evangélicos. 
Novato sem os votos dos evangélicos não conseguirá alcançar o suficiente para ser eleito.

Então voltamos à questão principal: o que leva o eleitor evangélico a votar num determinado candidato?

Há uma pergunta antecedente: o que leva às pessoas a aderirem a uma igreja evangélica?

Dados disponíveis indicam que o convertido é cristão. Estaria deixando a igreja católica para se associar a uma igreja evangélica. 
Uma parte, principalmente de classe média, prefere as igrejas protestantes mais tradicionais, como a batista, a adventista e outras, que mantém cultos e atuação não espetacularizada.
Os de menor renda são mais atraidos pela pregação espetacularizada, das igrejas penteconstais e néo-pentecostais.
A diferença entre os diversos ramos do protestantismo, a partir de Lutero, não é de natureza religiosa, ou de crença, mas de procedimentos.
As pentecostais adotam ritos mais espetaculosos, adotando estratégicamente o "diabo" como o inimigo absoluto. E apelam para o exorcismo, como forma de combatê-lo. 
Se as pessoas estão bem, Deus está ajudando. Se estiverem mal é obra do diabo. 
A perspectiva de estratégia de guerra está na mensagem "vitória com Cristo".

(cont)

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