O plano B, N (2)

Se para a Presidência a estratégia do PT e de Lula é caracterizar uma eleição fraudulenta, quais serão as estratégias para as eleições de Governador e para o Congresso Nacional?
Para a eleição de Governador o mais importante seria a reeleição de Fernando Pimentel que estaria em situação semelhante à Lula. Pode repetir o slogan de que "eleição sem Pimentel é fraude", reforçando a colocação da esquerda de "golpe".
Mas em relação ao Congresso? Irá o PT abandonar um palanque para combater a suposta ilegitimidade do Governo, em nome de uma coerência ideológica? Ou adotará uma postura pragmática de buscar manter ou ampliar uma bancada na Câmara dos Deputados e no Senado, para ter uma arena para suas manifestações. 

Nesse caso, quais serão as estratégias do PT e de Lula - caso não esteja preso - para fortalecer a sua bancada, que pelas circunstâncias atuais corre o risco de diminuir?

Terá que ser de ferrenha oposição, sem fazer as alianças espúrias que fez para eleger Lula em 2002, e se manter no poder. Terá que voltar ao seu jogo original, de minoria, mas de repaginação para voltar a ser um partido verdadeiro. Poderá promover a fusão com partidos de esquerda. 

Para renascer como força política que já não tem, mascarada pela relevância ainda da figura de Lula, terá que focar as eleições legislativas, deixando as pretensões executivas, a menos de casos - se é que existem - em que tem força própria para eleger o seu candidato, sem alianças espúrias. Vale tanto para 2020, como para 2022. Os objetivos terão que ser estabelecidos para as eleições subsequentes da década de vinte.

Enquanto isso, a alternativa é de se opor às reformas, principalmente a previdenciária e ao suposto desmonte dos programas sociais. 

Do ponto de vista eleitoral, a estratégia deve ser o de eleger as suas principais "estrelas" com penetração popular para a Câmara dos Deputados: Dilma no Rio Grande do Sul, Jaques Wagner na Bahia, Fernando Haddad em São Paulo, entre os mais conhecidos, para puxar a formação de uma forte base parlamentar.

Seria a estratégia mais perigosa para os seus adversários. Mas esses contam que por vaidades ou outras razões, o PT não seguirá esse caminho. Já não teria dado certo anteriormente, embora os tempos sejam outros.






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