Um caso de mobilidade urbana

Um caso de mobilidade urbana

Ao analisar a apresentação de propostas técnicas em soluções palatáveis para os eleitores, lembrei-me de um caso na sucessão de Paulo Maluf, na Prefeitura de São Paulo, quando ainda não havia a possibilidade de reeleição. 
Maluf estava com grande popularidade e segundo ele poderia eleger até um poste. O que efetivamente ocorreu. Esse poste se chamava Celso Pitta.

Um grupo de especialistas em transporte havia desenvolvido um projeto de transporte coletivo por ônibus ligando o centro à zona leste, através de um sistema de vias elevadas, evitando os cruzamentos em nível. Tecnicamente seria um BRT, solução mais barata que o monotrilho. 

Ao ser apresentado, pela equipe técnica, o projeto à direção da campanha de Celso Pitta, o marqueteiro, não só se concordou e animou com a proposta, como o assumiu sob a perspectiva do usuário, do marketing e o transformou em "fura-fila". Foi "direto na veia" do eleitor usuário de ônibus, cansado e irritado com a lentidão das viagens e as sucessivas paradas em semáforos. 
O sentido da proposta, embora politicamente incorreta, foi entendida pelo eleitor e contribuiu para a eleição do "poste". Infelizmente.




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