Uma conspiração abortada

Michel Temer enfrentou uma conspiração que visava afastá-lo da Presidência e ser substituído por Rodrigo Maia.

Não foi comandado por este, mas o movimento tinha por objetivo colocá-lo no poder.

A razão era de um tratamento mais generoso e rápido do Governo Federal ao Rio de Janeiro. 

Os conspiradores acham que o Governo Federal não está sendo suficientemente sensível às agruras do Estado do Rio de Janeiro, com uma crise mais ampla e profunda que do resto do Brasil Enfrentando um grande atraso no pagamentos dos seus funcionários e inativos. Com a região metropolitana sendo tomada pelos bandidos, com elevado índice de mortandade de policiais.

Acham que o paulista Henrique Meireles não tem o senso de urgência com os problemas do Rio de Janeiro, encastelado em Brasilia. Os conspiradores tinham uma alternativa aceitável pelo mercado. O carioca Arminio Fraga.

Com a denúncia do Procurador Geral da Republica, perceberam a oportunidade de afastar o Presidente Temer e através de um relator carioca, forçaram a aprovação de um relatório desfavorável ao Presidente na Comissão de Constituição e Justiça.

Mas o "espertalhão" do Temer percebeu, chamou Rodrigo Maia, para cobrar lealdade, desmontar a conspiração, comprometendo-se de sua parte, a melhorar o tratamento ao Rio de Janeiro. A transferência da CEDAE ao BNDES faz parte dessa nova política.

Rodrigo Maia aspira a Presidência da República, mas não agora, tampouco em 2018.

Assumindo agora, num eventual afastamento de Temer terá um mandato tampão de 1 ano ou pouco mais com baixa possibilidade de eleição em 2018. 
Terá um mandato tampão e ficar fora da política por 4 anos. É o risco de "sumir do mapa da política brasileira".

Em 2018 a sua melhor alternativa é a reeleição para a Câmara dos Deputados e voltar à Presidência da Casa, dentro do entendimento que, por ser uma nova legislatura não se configura reeleição - o que é proibida.

A sua eleição em 2014 não foi fácil. Não alcançou nem 60 mil votos contra mais de 400 mil de Bolsonaro e de 200 mil de Eduardo Cunha. Terá que ralar muito para voltar ao Congresso.

Depois em 2020 poderá ser reeleito para um segundo período da mesma legislatura e, como Presidente da Câmara e eventual substituto do Presidente da República, poderá pavimentar a sua candidatura para 2022, com um fortalecimento do seu partido. Ou seja, no quadro atual poderá passar de 2019 a 2022 na Presidência da Câmara. 

A alternativa de concorrer ao Governo do Estado, neste momento, é arriscada e penosa. 




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