O Brasil vai ganhar o hexa!

A seleção da CBF, que representa o Brasil na Copa da FIFA 2014 tinha um ponto forte que é também o seu ponto fraco: Neymar.

Um brilhante jogador, com dribles desconcertantes e uma boa pontaria para chutar em gol e marcar. Um gênio incontestável, mas endeusado pela mídia e pelos patrocinadores. Individualista fazia com que todo o time jogasse para ele. E a mídia pressiona para que isso efetivamente ocorra e induz a população a ver uma seleção dependente de Neymar. Mas diferentemente da seleção de Portugal, que só tem como craque Cristiano Ronaldo, a do Brasil não é Neymar + dez. 

Esse esquema quase tira o Brasil da Copa. Por pouco não perdeu do Chile e corria o risco em relação à Colômbia. A seleção do Brasil tinha perdido o senso de coletividade num jogo de equipe. 

Refez o esquema e passou a jogar mais coletivamente, não em função, nem para Neymar. O resultado é que ele ficou apagado, no jogo contra a Colômbia. E o Brasil ganhou.

Caçado em campo,  Neymar acabou sendo agredido, embora o adversário vá dizer que não teve intenção. Entrou para disputar a bola, com o joelho levantado, da mesma forma que Neymar no primeiro jogo entrou com o cotovelo alto atingindo o adversário, numa disputa de bola. Faz parte do jogo. E pode acontecer, mais frequentemente,  com um juiz fraco. Num caso como em outro não teve nem cartão amarelo. Não foi caracterizado como agressão ou má intenção.

Neymar, coitado, está com muitas dores e fora da Copa. Mas para a seleção do Brasil é melhor. Vai ser hexacampeão.

Por uma simples razão: vai jogar mais coletivamente, sem ter que jogar em torno de um único jogador. Vai jogar coletivamente para suprir a falta e mesmo em homenagem ao companheiro. Como em 1962, no Chile.
Isso será importante para uma decisão. Mas como o jogo, contra a Colômbia,  mostrou ontem outros jogadores podem marcar os gols e não ficar na dependência de uma jogada genial. Essa só é importante quando o resto do time está jogando mal. Não precisou Neymar bater a falta decisiva. David Luiz - considerado pela FIFA o melhor jogador das oitavas e ontem em campo - resolveu.

Jogando coletivamente, o Brasil vai jogar bem. E vencerá.