terça-feira, 17 de abril de 2018

O poder do mito

Lula,diante das investidas para condená-lo pela suposta chefia da maior organização criminosa, montada no país, tinha duas opções pessoais:
  • aceitar a derrota, render-se e seguir recorrendo às instancias judiciárias, dentro do previsto em lei;
  • não aceitar a derrota, postar-se vítima de golpe ilegal e buscar apoio externo, considerando-se vítima de um Estado autoritário e persecutório, em todos os poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Ao se considerar vítima de golpe do Judiciário, contestando a sua imparcialidade e legitimidade, coloca-se contra a corporação. E será tratado com o máximo rigor da lei. 
Aceitando a condenação e a prisão como derrota, irá se preparar para a revanche, para um retorno triunfal. Não pode pensar em retorno imediato ou de curto prazo. A sua batalha não é 2018. Será 2022 ou 2026. 
Mantido preso, deixará de ser uma pessoa material para se tornar uma ídéia (como ele se auto-denomina) ou um mito. A idéia é o lulismo.
Como mito passa a ser uma divindade a ser cultuada. 

O seu foco deveria ser a sobrevivência do lulismo e não dele pessoal. 
Tem efetivamente que se transformar em idéia e em mito. O seu instrumento será "as cartas do cárcere".
Não para manter a versão de vítima de um golpe judicial. Mas para disseminar a "idéia". 

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