As tecnologias incorporadas nos produtos agrícolas

O principal potencial brasileiro está na produção agrícola, cujos principais produtos já incorporam tecnologia. Os produtos agrícolas ainda sofrem de preconceitos, sendo vistos como produtos primários, como se ainda fossem produzidos na base da enxada. 

Os produtos agrícolas exportados agregam um valor tecnológico relativamente maior que o dos produtos industrializados. A impressão equivocada decorre do baixo preço do produto por peso. Ou seja, o preço de um kilo de grão de soja é muito inferior ao do kilo de um avião da Embraer. Mas comparadas as toneladas totais da exportação de um produto e outro, o Brasil exporta mais tecnologia embarcada na soja do que nos aviões. 

A  soja brasileira é o produto brasileiro exportado com a maior agregação tecnológica.

A soja brasileira não é mais o mesmo feijão que os chineses plantavam e colhiam. A soja brasileira é um produto da tecnologia, incorporando avanços nas condições do solo e utilização da insolação, nas transformações das sementes, nas tecnologias dos processos de plantio, maturação e colheita, nos equipamentos utilizados, altamente automatizados e outras inovações. Associa a biotecnologia, as agrotecnologias e as tecnologias da informação.

Mas parte dessa tecnologia não é produzida no país, tampouco geram empregos e renda no país. É por exemplo o caso dos insumos químicos da Syngenta. O defensivo aplicado na produção da soja no cerrado brasileiro é um produto desenvolvido pela empresa suiça, em Stein, na fronteira com a Alemanha, como mostra matéria publicada pelo Valor de 30 de junho. Em centro de pesquisa e desenvolvimento coordenado por um cientista uruguaio. 

(cont)

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