O fracasso da estratégia

Lula tentou, até com mobilização internacional, manter a sua foto na urna eletrônica, com um embasamento jurídico, como ficou demonstrado nos votos dos juizes do TSE. 
No âmbito mundial tentou uma artimanha semelhante ao do plantonista de ocasião. Mas ficou claro que o Comitê setorial das Nações Unidas não é uma corte e não tem papel jurisdicional, mas apenas um papel de encaminhamento, num processo de denúncia de violação dos direitos humanos. Tentou obter uma repercussão junto aos incautos e ignorantes dos mecanismos. Ainda conseguiu o voto de Fachin, que não estou direito a lição de Direito Internacional. 
Apegou-se a uma formalidade de omissão explicita da Constituição Federal, no que foi derrotado por 6 x 1. O vexame só não foi maior pelo gol de honra de Fachin. 
Rosa Weber deu ainda um alento, mantendo o direito da coligação, liderada pelo PT, de ter o tempo de rádio e televisão, mais os recursos dos fundos públicos, mas sem a participação de Lula, como candidato. No que foi acompanhado pelos colegas.
Agora o PT terá que optar por substituir Lula, nos próximos 10 dias, como o candidato à Presidência, ou persistir na candidatura Lula, contando com uma liminar monocrática, no TSJ, ou no STF suspendendo a decisão do TSE, até o dia 16 de setembro. E que não seja reformada até esse dia.
Se o PT antes, queria retardar o processo, o que não conseguiu, com a realização da planária, ainda ontem, por decisão da Presidente Rosa Weber, que acatou o pedido do relator Roberto Barroso, agora tem pressa. 
Porque se não conseguir até essa data, a suspensão da decisão do TSE não poderá estar com o nome e a foto na urna eletrônica. O máximo que poderá conseguir será manter o número da sigla.  
Sem nome e foto, na urna, não terá votos explícitos. O PT terá que fazer uma campanha para mostrar aos seus eleitores que votando em 13 estará votando em Lula. 
Porém com eventual decisão colegiada do TSJ ou do STF confirmando a decisão do TSE, esses votos serão anulados. 
Os votos no 13 serão inúteis. E se ocorrer antes do segundo turno, poderá dar a vitória no primeiro do candidato que obtiver mais de 50% dos votos válidos, isto é, descontados os votos dados ao 13. 
O PT poderá ainda tentar a adesão à interpretação, gerada pelo precedente da madrugada de hoje, de que os votos foram para a chapa, e no impedimento do titular, assumiria o Vice-Presidente registrado, no caso Fernando Haddad.
É um cenário de probabilidade de ocorrência mínima, mas que pode ser tentada, deixando as perspectivas eleitorais, ainda incertas. 
O mais provável é que, por razões pragmáticas, o PT confirme o plano FM, isto é, com a dupla Fernando e Manuela,  que estará saindo atrasada na corrida. 
Apesar do charme de uma dupla jovem e bonita, pouco tem a ver com o lulismo, para conquistar os votos no Nordeste, o principal reduto lulista

(cont)

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