quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A decadência de um modelo urbano idealista

Brasilia é uma cidade planejada, segundo concepções idealistas, que ainda assegura uma boa qualidade de vida aos seus moradores mais antigos, mas que não suportou a sua expansão e escolhas do mercado privado.
Uma das concepções foi de que os moradores das quadras tivessem disponível, na entrequadra, os serviços básico, para as suas compras, para a alimentação fora de casa, padaria, farmácia, e também as escolas, unidades de saude, etc. de tal forma que pudessem se suprir para a sua vida urbana, para a maior parte das suas necessidades, deslocando-se a pé.
Para compras maiores ou diferenciadas, assim como para as alternativas de alimentação fora de casa teriam um corredor comercial, a W3. Assim foi implantada Brasilia, ainda nos anos sessenta.
E evolução real foi distinta, com o comércio varejista se concentrando em algumas entrequadras, como a farmacéutica, atendendo a toda população brasiliense e não só das quadras vizinhas, como em outras se instalaram restaurantes para atender a quem quisesse frequantá-los, sejam moradores como turistas.
Isso gerou um primeiro esvaziamento da W3 que foi se tornando um corredor do comércio popular.
A expansão de outros polos comerciais, concorrendo com a W3 foi promovendo a sua sucessiva perda de vitalidade econômica e, consequente deterioração física.
O corredor da W3 sofreu o mesmo processo de de "esvaziamento" ocorrido no centro tradicional de outras cidades.
Um dos grandes desafios de Brasília é a revitalização da W3.
Uma das alternativas é utilizar o potencial construtivo dos imóveis lindeiros à via, mediante a transferência do mesmo para utilização em outras áreas. Isso seria feito através de CEPACS, que seriam atribuidos aos imóveis e que seriam comercializados para verticalização de outras áreas.
É uma solução engenhosa, mas que encontra muitas resistências.






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