terça-feira, 8 de outubro de 2019

Primeiro os meus

Os grupos de apoio de Jair Bolsonaro são específicos, ampliados ou generalizados pelos analistas e mídia.
O agronegócio, como um todo, não faz parte do grupo de apoio, mas aceitam ou toleram um subgrupo específico formado por produtores rurais, integrando uma cadeia de grileiros, desmatadores, incendiários e produtores, liderados por Naban Garcia. Ele não conseguiu o Ministério da Agricultura e Pecuária, em que o agronegócio moderno "emplacou" Teresa Cristina, mas ficou com a Secretaria de Assuntos Fundiários, para atender aos interesses daquele citado subgrupo, que apoiou - desde cedo - a candidatura de Jair Bolsonaro. 
As suas pretensões esbarram mais na resistência do Exército do que dos ambientalistas. Teria conseguido uma vitória, com a demissão do General João Carlos Jesus Correa da Presidência do INCRA. A razão estaria no atraso na titulação de terras da reforma agrária.
Como informa a colunista do Valor, Maria Cristina Fernandes, em 3 de outubro de 2019, a fritura do General "atendeu à pressão da base de Naban Garcia, produtores rurais que ocupam terras irregularmente e buscam títulos de propriedade para ter franqueado o acesso ao crédito rural... Um novo recorde de regularização de terras são grileiros e não os assentados quem puxam a fila."
Por outro lado, o agronegócio exportador está preocupado, mas ainda não contrário à atuação desse segmento que vem afetando a imagem externa do Brasil e criando algumas restrições às compras do Brasil.
O Exército foi chamado para controlar a crise dos incêndios e endureceu o combate a esse grupo que, em função do apoio do Presidente, vinha atuando com mais liberdade, promovendo o desmatamento e o fogo para deixar as terras preparadas para os pecuaristas envolvidos no processo.

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