A sua última foi caracterizar de babaquice querer ir de metrô até o estádio para assistir aos jogos da Copa do Mundo. E ainda reforçou dizendo que as pessoas vão a pé, até descalços ou com chinelos.
Ofendeu os milhares de paulistanos e turistas que irão de metrô ao Itaquerão ou os cariocas e os turistas que irão ao Maracanã, Os dois estádios tem uma estação metroviária no entorno, dentro da zona de exclusão da FIFA que é de cerca de 2 km do estádio.
Em São Paulo, a estação metroviária Itaquera-Corinthians fica próxima, mas será fechada nos dias de jogo da Copa, destinando a estação Artur Alvim, um pouco mais distantes, para que os torcedores completarem o percurso a pé, podendo ir até mesmo descalço ou com uma havaiana.
Além desses só a Arena Pernambuco tem uma estação próxima, já fora da zona de exclusão. Os usuários terão que andar cerca de 3 km para chegar ao estádio, em condições perigosas. Será pela rodovia, com um mínimo de acostamento que some em alguns trechos.
Se Lula não teve intenção de chamar de "babacas" os paulistanos, cariocas e recifenses que vão usar o metrô, atendendo as orientações de maior uso do transporte coletivo, a quem ele estava se dirigindo?
Repassando as ações de mobilidade urbana, em somente um caso há um projeto metroviário, chegando junto ao estádio, que está em andamento e não vai ficar pronto para a Copa: o metrô de Salvador. Parado à muitos anos, retomado recentemente, mediante concessão, só deverá começar a operar comercialmente em setembro de 2014, se não atrasar mais.
Lula assacou os soteropolitanos e outros baianos que estariam reclamando a não conclusão do metrô que os levaria - em tese - para quase dentro do estádio da Fonte Nova.
Se estivesse pronto não poderia ser usado para os jogos da Copa, em função da área de exclusão exigida pela FIFA.
É a esses reclamantes que Lula chamou de babaca. Como ele não os nominou, ninguém vai querer vestir a carapuça.
Lula aproveitou o momento, para justificar antecipadamente a sua ausência nos estádios, incluindo no jogo de abertura.
Ao dizer que prefere ver o jogo em casa para poder tomar a sua cervejinha, o que seria proibido (mas não é mais) no estádio.
Na realidade ele não quer correr o risco de ser vaiado. Ele esperava ser o principal homenageado quando da abertura da Copa, como a pessoa que a trouxe ao Brasil, para o orgulho dos seus conterrâneos, demonstrando que o país que ele criou nada tem a dever para os demais.
Na abertura quem estará presente será uma classe média, que tem dinheiro para pagar o elevado valor dos ingressos e os turistas e não a sua torcida corintiana que o aplaudiria. Os que irão são aficionados do futebol, mas insatisfeitos com os gastos com a Copa.
De toda forma, foi uma declaração infeliz.
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