sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Uma disputa midiática

Greta Thunberg é uma adolescente com excepcional senso de marketing. 
Ela entrou na pauta da mídia mundial, dominada por questões ambientais, com um ato de rebeldia pessoal que ganhou sucessivas adesões em muitos países desenvolvidos. 
Representa um público jovem, indignado com a omissão e leniência de governantes diante do que entende ser o mais grave problema presente e futuro da humanidade. 
Os governantes dos países desenvolvidos, assim como de emergentes que já superaram o estágio da fome das respectivas populações, estão sendo - de fato - lenientes com o problema climático. Uma parte por efetivamente não acreditar na ocorrência do problema, mesmo com a sucessão de demonstrações científicas. Acusam essas demonstrações de manipuladas. Outra por aceitar a ocorrência do problema, mas por não conseguir vencer os interesses econômicos dentro do respectivo país. Ai fazem discursos a favor, apoiam os acordos internacionais, mas pouco fazem de efetivo para reduzir o suposto aquecimento do clima produzido por ações antrópicas.
Greta iniciou uma greve escolar, a favor do clima, numa sexta-feira e o seu ato isolado teve apoio de outros jovens, criando a greve das sextas-feiras a favor do clima. 
A proposta entrou na pauta da mídia sueca, mas ganhou repercussão mundial. 
Greta não se limitou a ser uma "rebelde com causa" mas assumiu a liderança de um movimento a favor do clima, dando um passo a mais, aproveitando a sua visibilidade para criticar os governantes.
O seu principal alvo é o Presidente dos EUA, declaradamente antiambientalista, para favorecer o seu eleitorado industrial.

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