sexta-feira, 1 de maio de 2015

A infraesturutra no Brasil do Futuro - Energia

O Brasil tem carência de infraestrutura. Essa carência é difícil de ser medida. Em geral usam-se indicadores internacionais o que é uma demonstração de defasagem estatística, mas não necessariamente real.

A infraestrutura envolve, pelo menos, 4 grandes setores: energia, água, logística e comunicações. Além desses
quatro setores nacionais, há a infraestrutura urbana.

O setor de energia tem suprimento nacional  e duas demandas principais: eletricidade que supre a iluminação, aquecimento e acionamento de motores, principalmente para processos industriais e combustíveis para motores, tanto para a produção como para a movimentação de veículos.

A matriz energética brasileira tem como principal demanda os combustíveis, que são utilizados para a movimentação de veículos. 

Tanto a matriz energética, como a elétrica são mostradas pelas fontes, mas poucas (ou nenhuma) mostra as pizzas pela demanda. 

Há duas formas de demonstrar a insuficiência da infraestrutura energética: pelo "gap" entre a oferta e a demandas projetadas. A outra é pela restrição da demanda, dada a insuficiência da oferta. Esse é o principal medo do Governo.

Na prática, em função das alternativas de fontes, é pequena a possibilidade de falta total de energia, a menos em locais isolados. O problema está na necessidade de uso de fontes mais caras para suprir fontes de menor custo.

As de menor custo são de origem hídrica. Essas dependem de condições naturais e o país vem enfrentando situações crescentes de estiagem. As chuvas tem sido menores e mais intermitentes. A solução era o represamento da água. Há uma crescente oposição à essa solução, por razões ambientais, e o Governo decidiu atendê-la, em detrimento  à segurança hídrica. Mas ao atendê-la precisaria rever as suas estratégias e desenvolver as fontes alternativas. Não o tem feito a tempo.

Os riscos atuais estão mais nos atrasos de conclusão das obras do que da falta de chuvas. Resultam da incompetência gerencial. 

Segundo as perspectivas teóricas de administração, o problema está na preocupação com os processos e seus entraves e não com as entregas. 

Para o usuário, para o consumidor não interessa saber se esta ou aquela obra está pronta ou atrasada. O que lhe interessa é o suprimento firme da energia na sua casa ou na sua fábrica. Se a usina está pronta, mas não está conectada a uma linha de transmissão, pouco lhe adianta.

Identificada a causa principal será possível corrigi-la?

A perda de poder da Presidente na articulação política pouco influi no atraso das obras. Já o da gestão das contas públicas, sim. Teoricamente, os investimentos são privados, mas na prática dependem de recursos públicos. Uma grande parte das concessionárias em atraso é formada por empresas públicas. E todos dependem de aportes do BNDES.

Há um perda de poder efetiva, ainda não evidenciada, embora casos pontuais a indiquem: a incapacidade de enfrentar os movimentos ambientalistas. Não há clareza se real ou fictícia.

Segundo a perspectiva estratégica, o Governo não está sabendo enfrentar as reais batalhas. 

As perguntas chaves são:


  1. quais são - efetivamente - as razões ou interesses dos protagonistas do jogo que provocam os atrasos nas entregas?
  2. como superar os conflitos e assegurar as entregas?




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