quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

É da natrureza

Jair Bolsonaro sempre foi um sujeito machista, grosseiro que extrapola a "conversa de botequim", as suas piadas contra os "viados", as "fêmeas", os japoneses, os "pretos" e outros. 
As suas manifestações de misoginia ontem estão dentro do seu normal. Já a repetição à tarde não. É incomum da parte dele.
Dirá a teoria da conspiração que teve o objetivo de desviar a atenção da população. Desviar do que? Seria das investigações sobre a morte do ex-capitão Adriano, que traria elementos da sua ligação com as milícias.  
Esse seu jeito de se expressar foi uma das bases inciais da sua emergência como candidato à Presidência da República, ainda em 2016 ou 17. 
Ele expressou a voz dos politicamente incorretos, de "saco cheio" com a repressão e opressão dos supostos progressistas.
Como porta-voz dos "politicamente incorretos" mostrou que eles são segmentos importantes da sociedade brasileira reprimidos pela ditadura dos "politicamente corretos". 
A reação da sociedade contra a ditadura, qualquer que seja, é sempre ruidosa e violenta. 
Agora é Jair Bolsonaro, filhos e súditos que levam os seus discursos ao outro extremo, com manifestações sexistas, gerando forte reação dos politicamente corretos. Os mais radicais já apontam para quebra de decoro, o que daria margem a um processo de impeachment.
Falta de decoro é motivo para cassação de deputados e senadores, mas não é motivo para impeachment do Presidente. Não é caracterizado como crime de responsabilidade. Mas é mais uma obra para se somar a outros despautérios.
No caso de Dilma Rousseff, acharam um pequeno crime de responsabilidade. Mínimo, mas capitulado como crime. A partir dai foi instaurado um processo de impeachment que culminou na sua destituição, pelo "conjunto da obra".
Bolsonaro está acumulando um conjunto negativo de obras e um estopim acesso pode levar ao impeachment. Mas não poderá ser inciado pelas suas manifestações sexistas, por maior reação que ocorra dentro da opinião publicada. 





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