sábado, 10 de janeiro de 2015

Vai crescer ou minguar?

As manifestações contra o aumento das passagens dos transportes coletivos urbanos ficaram dentro do esperado. Não conseguiram arregimentar mais que 5.000 pessoas em São Paulo, a maior delas, mas suficientes para tumultuar o trânsito. Trouxeram de volta os "black blocks".

Evidenciaram o tamanho real do MPL, o Movimento do Passe Livre, superestimado  e incensado pela mídia em 2013, mas que na ocasião tiveram apenas o papel de acender o pavio. É um grupo pequeno, mas aguerrido, que prosseguirá na luta, mas sem repetir a façanha de 2013. Não vai acabar, mas já perdeu importância e tende a perder cada vez mais, à medida que os jovens jornalistas, adeptos do movimento percebam o seu real tamanho e as editorias deixem de pautá-la.

Tirando o fato de que o período é outro, sem a interferência federal para segurar as tarifas, a avaliação importante é se o momento histórico é diferente ou semelhante a 2013? A diferença específica de período é que, no início do ano, a maioria dos estudantes está de férias. Diferentemente de maio e junho de 2013, quando todos estavam em aula e nas cidades. Sendo período de férias, o trânsito também estava mais vazio e as perturbações menores. A repercussão das passeatas ficou esvaziada.
São Paulo, 13/06/2013. Foto: Veronica Manevy

Em 2013 havia um barril de pólvora cujo pavio o MPL acendeu e explodiu em grandes ou megas manifestações. O povo foi às ruas, Dilma e os políticos prometeram, mas pouco mudaram. As reivindicações difusas não foram atendidas. A Copa foi realizada, em que prejuízo mesmo foram os 1x7 diante da Alemanha. E os hospitais e escolas não ganharam o padrão FIFA. O povo foi às ruas, não foi atendido e reelegeu Dilma. 

Qual foi o legado efetivo do despertar do Gigante? Voltou a dormir de novo?

O povo foi às ruas contra a corrupção. Enquanto isso os "espertos" tomavam conta da Petrobrás, não se abalando com o movimento das ruas. O povo irá de novo às ruas, contra a corrupção?


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