terça-feira, 12 de novembro de 2019

Lula solto: bom ou ruim?

Lula solto restabelece a dinâmica política entre situação e oposição. 
Com a eleição de Jair Bolsonaro, a adesão de segmentos da população que não haviam votado nele, de empresários esperançosos com a retomada da economia e os petistas focados na libertação de Lula, a oposição deixou de atuar junto aos movimentos sociais e limitou-se a uma ineficaz ação de obstrução dos projeto no Congresso. 
Jair Bolsonaro não assumiu a paternidade e comando pela aprovação dos projetos encaminhados, exceto aqueles de sua pauta particular. Os projetos do Governo, principalmente as da área econômica, foram assumidas pelo Congresso, que as aprovou mediante negociações políticas, com pouca ou nenhuma participação do Presidente da República. Sem oposição popular e sem interesse na oposição legislativa, Bolsonaro, seus filhos e seus acólitos palacianos criaram oposições fantasiosas, para se manter presentes na mídia.
Com o retorno de Lula ao campo popular, Jair Bolsonaro passa a ser um contendor real e isso é bom para o processo político brasileiro, não obstante o risco de excessiva polarização entre os extremos. 
A fase histórica é ainda de esperanças. 
Jair Bolsonaro com Paulo Guedes ainda apontam para uma melhoria da economia, com resultados positivos, após 300 dias, mesmo que tímidos. Vendem a idéia de que é apenas o início da retomada, que virá mais forte em 2020.
Lula, por sua vez, se coloca contra a quebra institucional e aponta para caminhos democráticos em 2022. 
A mensagem de Lula é "eles não vão dar certo. Em 2022 vamos voltar para consertar tudo". A do Bolsonarismo é "temos que dar certo. Porque senão eles voltam e será o fim do Brasil".
A disputa política é saudável e boa, apesar dos riscos de radicalização.

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