sábado, 16 de novembro de 2019

Um b minúsculo

No começo do século um economista apontou que o futuro da economia mundial estaria nas "baleias" emergentes (países com grande territórios e grandes populações) contrapondo-se à dominação dos países mais industrializados, então vigente. Apontou 4 países com aquelas condições, Brasil, China, Índia e Rússia, cunhando uma sigla, posteriormente reconhecida mundialmente: BRIC.
Lula, percebeu uma oportunidade de maior protagonismo brasileiro no mundo e propôs transformar uma categoria econômica numa aliança entre aqueles países, como alternativa ao G7. Para a Rússia, desligada do então G8, o BRIC era uma saída. Era então a integrante de maior protagonismo no cenário mundial, como o integrante com maior poder militar. Mas não se utilizou do bloco para se contrapor a G7.
De lá pra cá,  a China emergiu economicamente, assumindo o segundo lugar entre os maiores do mundo, atrás apenas dos EUA. A índia mantém elevados índices de crescimento demográfico, podendo ultrapassar a China, brevemente, assim como elevadas taxas anuais de crescimento econômico.
O Brasil foi ficando para trás, com taxas de crescimento econômico baixas, entremeando pequenos aumentos  e decréscimos, da mesma forma que a África do Sul, admitido posteriormente, ainda não conseguiu deslanchar.
A Rússia manteve o seu protagonismo. A China e Índia estão cumprindo o esperado, desenvolvendo o seu potencial. O Brasil é a grande frustração dentro do BRIC. 
O BRICS não é um bloco econômico, foi criado com a intenção de ser um bloco político, mas não se efetivou como tal e a mudança de Governo no Brasil, quebrou essa intenção. Rússia e China apoiam a Venezuela de Maduro, enquanto o Brasil é radicalmente contra. 
A predominância do econômico, na reunião do BRICS, em Brasília, levou Jair Bolsonaro a um posição pragmática,  buscando maior aproximação econômica com a China, contrapondo-se à guerra comercial de Trump, contra aquela e também uma abertura comercial maior com a Rússia. 
Levou aos colegas as principais reivindicações do agronegócio.
Talvez as circunstâncias levem Jair Bolsonaro a perceber a necessidade do Brasil abrir mais a economia. 
Como fazer isso dependerá das proposições e pressões do agronegócio e das autoridades econômicas. A indústria brasileira mantém uma posição conservadora de ser contra a abertura, tanto da economia como do mercado brasileiro.

     

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