segunda-feira, 22 de junho de 2020

Dias piores virão

Diz o velho ditado popular que "quem semeia vento, colhe tempestade".
Jair Bolsonaro não se cansou em semear vento, desde que assumiu, mas intensificou no começo de 2020 e agora tem que enfrentar sucessivas tempestades, cada vez mais intensas.
A semana que passou foi de "chuvas e trovoadas", com a prisão de Fabricio Queiroz, saída e fuga de Weintraub, continuidade dos processos no STF, com buscas e apreensões de políticos bolsonaristas, prisão dos líderes dos 300 do Brasil e outros eventos desfavoráveis a Jair Bolsonaro.
Esta semana deverá ser ruim, mas ainda não será a pior. 
A possibilidade da intervenção militar ficou mais complicada, porque só restou a alternativa do uso da força, com as tropas na rua. O que não é consenso dentro das Forças Armadas.
Uma das principais estratégias militares é a reunião de forças tão poderosas que intimida o inimigo, em tentar qualquer reação. É a estratégia da persuasão. 
Os supostos "inimigos" não se intimidaram e seguiram o seu curso. Bolsonaro iniciou uma trégua, mas não se sabe até quando durará diante da sua natureza beligerante. 
As ações do Congresso contra Bolsonaro dependem de novas decisões. Bolsonaro está negociando um troca troca para evitá-las, o que provavelmente conseguirá, mas o dano colateral, junto aos militares, pode ser desastroso. Mobilizar e colocar as tropas nas ruas para defender um Presidente que se associa com o de mais corrupto sobrou na politica brasileira, precisaria de razões patrióticas mais fortes.
Já a sequência de processos no Ministério Público e no Judiciário, acabará alcançando os seus filhos, seja pelo financiamento às ações antidemocráticas, como pelo "gabinete do ódio", principal fonte das fakenews, e o envolvimento com o esquema das rachadinhas, um mecanismo tradicional de corrupção pública. 
Mas a desestabilização emocional de Jair Bolsonaro vai pioriar, com a tempestade das revelações das relações da família, principalmente, do patriarca com as milicias.
A tormenta já está prevista e vai ocorrer. A incerteza é quando?

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