sábado, 14 de dezembro de 2013

Assassinando São Paulo

A entrevista do Prefeito Fernando Haddad, no jornal Valor de 12 de dezembro de 2013 reflete uma estratégia de "assassinato" da cidade, por que consciente e equivocada. Quer fazer com competência a coisa errada: "matar a galinha dos ovos de ouro".
O título com uma frase é significativo: "SP tem poder econômico muito conservador". Por conta disso lança-se contra ele e o resultado será a sua expulsão da cidade. Não para muito longe, mas para os municípios vizinhos. 
A Região Metropolitana de São Paulo continuará sendo o grande motor da economia brasileira, o principal centro de decisões, a maior concentração de sedes das grandes empresas, nacionais e multinacionais, a principal concentração da "burguesia" e do poder econômico. 
Dentro dela há um processo de desconcentração que será acelerado pela Administração Haddad, em função de uma percepção limitada e equivocada do atual Prefeito. Não por ignorância ou desinformação, porque ele é bem formado e inteligente. Mas por equívoco de visão e (segundo dizem) por teimosia.
Um dos principais equívocos de visão é percepção dos planejadores e dos administradores públicos é ver a cidade segundo os mapas e as estatísticas oficiais.
Um dos equívocos mais comuns está na percepção da Zona Leste do Municipio, como uma periferia do centro da capital. 
Do ponto de vista territorial é uma área que, de um lado, faz parte da Grande Guarulhos e de outra do Grande ABC. Acrescentou-se mais recentemente o D de Diadema, mas na prática a região é um ABCDGML, incorporando Guarulhos, Mauá e a Zona Leste de São Paulo. A polarização decorreu e ainda decorre da estrutura de transportes.
Do outro lado, o braço oeste do Municipio foi decepado, mas será um dos principais vetores de desenvolvimento futuro da Região Metropolitana. A sua polinucleação futura ocorrerá em torno de 3 grandes polos de negócios: Faixa do Pinheiros, Alphaville e Santo André. 
A faixa do Pinheiros seria a área com maior potencial de desenvolvimento, porém o mesmo será tolhido pela elevação da carga tributária. 

Um comentário:

  1. Jorge, excelente opinião; adoro sua lucidez.

    Contudo, me pergunto se é assim mesmo que deveria ser. Como fazer para que a cidade seja ao mesmo tempo mais humana e capaz de atrair o grande capital, proporcionando desenvolvimento e qualidade de vida em igual proporção?

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