terça-feira, 11 de agosto de 2015

O fim do projeto de poder, mas não do projeto conceitual do PT

A nova prisão de José Dirceu, sem receber a solidariedade dos seus companheiros, marca o fim do projeto de poder do PT, mas não do seu projeto conceitual ou conceptual.

O projeto de poder se baseou numa parceria promíscua do partido com os fornecedores e dependentes das regulações do Estado, segundo um esquema de corrupção, nunca antes organizado no país.


O projeto conceitual, praticado por Lula e seguido por Dilma, busca transformar todo brasileiro num consumidor de classe média. 
Não pretende reforçar e ampliar a classe média, como uma classe política para se contrapor à burguesia, mas se incorporar a ela.

Embora não anime os comunistas e socialistas, que continuam se opondo à burguesia e ao capitalismo, o projeto petista é ainda sedutor e continuará ganhando corações e mentes, principalmente dos mais jovens que sonham em acabar com a desigualdade social. 

Passada uma transição de depuração, com a separação do projeto de poder, totalmente vinculada à corrupção, com  o projeto conceitual, este voltará a ser uma proposta eleitoral forte.

Por volta de 2022 ou, pelo menos, em 2026 o PT voltará com uma forte base eleitoral. A menos que outro partido assuma o projeto, com inovações que o diferencie da proposta petista. Mas com o mesmo objetivo básico: promover a ascensão econômica dos integrantes das ditas classes D e E e a consolidação da ascensão alcançada pela classe C. Ora em risco, com a crise, afetando os empregos.

(ver o texto estendido na coluna artigos)

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