quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Temer "pato manco"

"Pato manco" (lame duck, no original inglês) é uma expressão para caracterizar governante que permanece no cargo, mas sem poder e sem prestigio. 

As condições e dificuldades institucionais sustentam a sua permanência até o final de 2018. 

Qualquer eleição direta, intermediária ou antecipada (de 2018) dependerá de mudança constitucional, o que dificilmente ocorrerá no quadro político atual. 

Dadas as dificuldades institucionais Michel Temer ficaria na Presidência da República até o final de 2018, sem prestígio, muito contestado pela opinião publicada, com poucos recursos orçamentários  e poderes relativos.

Como resultado das revelações da colaboração premiada do Grupo Odebrecht, Temer ficará cada vez mais solitário, com os seus principais companheiros tendo que se afastar do Governo. Manter-se-á, mas sozinho, podendo optar por um governo tecnocrático.

Um governo tecnocrático poderá melhorar a eficiência da gestão pública, mas estará em permanente choque com o Congresso.

Ao longo dos dois próximos anos, Temer terá que se equilibrar entre diversas pressões. 

Para sustentar o surto de crescimento econômico que será evidenciado no primeiro semestre de 2017,  terá que rever profundamente a política econômica.

Este cenário do "pato manco" se baseia na não revisão da política econômica, mantendo as mesmas ilusões atuais, enfrentando avanços e recuos, até 2018. 

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