sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Redução dos juros básicos e os empregos

O Banco Central fez uma redução da taxa de juros básica, desejada pelo mercado, mas não esperada. As Centrais Sindicais querem mais, mas é uma sinalização importante, dentro da expectativa de melhoria da economia e dos empregos.

A persistência da inflação decorre da estratégia dos agentes produtores de 'recomposição de margens'. 

Essa estratégia empresarial - o que corresponde a movimentos microeconomicos - desfoca os produtos que estão perdendo vendas para se concentrar em produtos voltados para um patamar de renda superior. Em termos simplistas busca migrar de um mercado popular para um mercado de elite. 

Enquanto o Governo, os macroeconomistas influenciando a sociedade através do noticiário da midia se preocupam com os 12 milhões de desempregados, o empresário se volta para os 98 milhões ainda ocupados, com renda e ainda importantes consumidores.

As tentativas de recomposição das margens empresariais, contiveram a redução da inflação, alimentando a continuidade e aprofundamento da recessão. Um volume maior de insucessos do que de sucessos fez com que prevalecesse a tradicional teoria econômica, de redução dos preços diante do enfraquecimento da demanda. Com isso a inflação recuou ficando dentro da meta. O que teria justificada a redução de 0,75 pts na taxa SELIC.

A ameaça permanece. Com a melhoria da demanda não faltarão empresários e executivos dispostos a recompor as margens, no mais curto prazo possível. E os trabalhadores começarão campanhas para recuperação das perdas. 

Os sindicatos dos trabalhadores tem compromisso com a sua base; não com a macroeconomia. Vão lutar pela recuperação das perdas salariais dos empregados que remanescerem. 

Já as Centrais Sindicais tem maior compromisso com a macroeconomia, tendo que avaliar os impactos mais gerais das ações individuais dos seus associados.




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