sábado, 11 de janeiro de 2020

Populismo econômico


2020 começa com lançamento de mísseis contra a economia brasileira: as intervenções do Presidente da República.
No primeiro ano de governo Jair Bolsonaro pouco interferiu nas decisões governamentais sobre a economia, mantendo a posição de “ignorante na matéria” e deixando o seu “Posto Ipiranga” conduzir todas as proposições e articulações.
Não assumiu o comando da aprovação da Reforma da Previdência, interferindo apenas a favor das corporações policiais e militares. Mas com a sua aprovação, apropriou-se dessa, transformando-a no maior feito econômico, do seu primeiro ano.
Aparentemente interferiu para criar estímulos ao consumo, mesmo com as resistências da equipe econômica. Promoveu a liberação do FGTS, o que teria dado certo, levando a uma reação da economia, nos dois últimos meses. Achou que pode comandar a economia.
Com a crise gerada pelo conflito EUA x Irã quer administrar o eventual impacto do aumento do petróleo, no preço da gasolina e do diesel. Mais deste do que do outro, para atender aos caminhoneiros que fazem parte do seu grupo fiel de adeptos. A sua preocupação maior não é com o impacto inflacionário, mas com o reflexo sobre os custos dos caminhoneiros.
Dentro da mesma perspectiva de atender a um grupo minoritário de adeptos, proibiu o que apelidou de “taxa do sol”, mediante decisão autoritária: “quem manda aqui sou eu”.  Só desconsiderou que enfraquecendo o sistema institucional gera maior insegurança jurídica, espantando os investidores estrangeiros. Espera que eles acreditem que  "la garantia soy yo”.
Apoiou aumentos para os policiais do DF e é favorável a outros aumentos para as categorias de servidores públicos que o apoiam.
Está estudando reduções na conta de luz dos templos religiosos, para atender o seu principal grupo de apoio.
Parece ser o retorno do “populismo econômico” que tanto combateu, quando praticado pelo PT.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...