segunda-feira, 20 de abril de 2020

A dinâmica da contaminação

A mortalidade do vírus, estatisticamente, já está sob controle, no Estado de São Paulo e mesmo na cidade de São Paulo. Mas não está controlada em muitos bairros periféricos. A ocorrência desses focos não permite aos governos Estadual e Municipal a relaxar nas medidas de distanciamento social, sob risco de uma nova "explosão" real de contaminação, provocando um pico de demanda de internações superiores à capacidade do Estado e do Município em atender. 

O índice mais importante, para efeito de estratégia de combate ao vírus é a evolução das internações.
A evolução das mortes significa que ainda há uma capacidade de atendimento e, a mortalidade natural, está caindo. 
Mas como não há ainda segurança de que o nível de testagem seja suficiente para avaliar, com maior precisão, a evolução dos riscos, a prevenção pelo distanciamento social é a unica solução.
As classes média e alta, que contam com mais espaços em sua moradia e tem condições de se isolar ou isolar os seus idosos e mais vulneráveis  ainda estão predominantemente em casa, com algumas saidinhas. Já nas periferias em que a população tem condições semi ou precárias de moradia, a vida social comunitária é mais relevante. 

A disseminação do vírus, já está controlada nos bairros mais ricos, onde ocorreram as primeiras contaminações, importadas do Exterior. Mas o "transbordamento" para regiões periféricas ainda não está suficientemente controlada. Se não forem contidas, poderão provocar uma reação "boomerang": retornarão aos centros iniciais.


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