domingo, 19 de abril de 2020

O pior do piores

O que é o pior do Brasil?
Alguns ou muitos não titubeiam na resposta: o Congresso Nacional. 
Entre eles alguns ampliam: os legislativos brasileiros.
Todos compostos por parlamentares ignorantes, corruptos, que só pensam nos seus interesses e não nos interesses de todos, nos interesses nacionais.
Jair Bolsonaro foi eleito Presidente do Brasil, tendo como uma das suas principais bandeiras o combate a essa "corja", prometendo não adotar o "troca-troca", concedendo Ministérios e outros cargos no Governo, em troca de apoio no Congresso. Prometeu não usar as liberações de emendas parlamentares em troca de votos em votações de interesse nacional, ou do que ele entende e defende serem correspondente ao interesse nacional.
Cumpriu rigorosamente a primeira parte. Nenhum Ministro do seu Governo foi indicado por um partido político. Teve indicações de lideranças políticas que formaram desde o início a sua base de apoio. Formou um Governo com a "sua turma", seja militar como civil.
As lideranças partidárias se conformaram, mas insistem nas emendas parlamentares. Bolsonaro e a sua turma, diz, coloca na sua rede o que acaba extravasando para a mídia tradicional, que o Congresso está chantageando, tendo como chefe da organização, o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
A "turma bolsonarista" se mobiliza numa campanha para a desconstrução do Legislativo, procurando caracterizá-lo como o "inimigo nº 1 da Pátria" e quer impedir que o Presidente mude o país.
Tem uma base real, porque a maioria dos deputados foi eleita com a defesa de interesses comunitários ou corporativos, não de interesses nacionais. São mais despachantes do que legisladores. O próprio Jair Bolsonaro foi eleito e reeleito por mais 6 vezes, como um despachante das corporações policiais e de categorias subalternas militares. 
As campanhas difamatórias enfatizam os elementos negativos e minimizam ou omitem os positivos. O Congresso, na guerra contra o coronavirus, tem tido uma grande atuação positiva, apesar de algumas distorções.
De toda forma a composição do Congresso precisa mudar. Ele precisa se transformar, para ter nos seus quadros eletivos, mais parlamentares voltados aos  interesses nacionais do que comunitários ou corporativos. 
Isso só poderá ser feito pelo voto popular. Os parlamentares são o que são, porque é isso que os levam a serem eleitos. O povo tem preferido eleger aqueles que defendem os  seus interesses restritos e não os de todos os brasileiros: preferem votar nos despachantes do que nos representantes de ideias ou de programas nacionais. 
Essa é a realidade, embora muitos não a queiram aceitar.
A grande questão é: como mudar isso?

"veja nos próximos capítulos". 





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