Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está julgado, porque os julgamentos foram anulados por incompetência.
Continua
como réu, só que agora será julgado em Brasilia. Mesmo que condenado em
primeira instância, para que se torne inelegível, dependerá de decisão
colegiada do TFR, o que não será rápido.
Permanece a
pendência da anulação por suspeição de Sérgio Moro, cuja conclusão do
julgamento poderá ultrapassar a outubro de 2022, diante dos interesses
políticos conflitantes entre Bolsonaro e as lideranças do Centrão.
Lula será
candidato à Presidência da República, como fato consumado e reconhecido pelos
agentes políticos e pelo eleitorado. O seu nome fará parte das pesquisas de
intenção de votos. A evolução da aceitação e rejeição dele, determinará o
comportamento dos demais candidatos.
As
circunstâncias serão bem diferentes em relação a 2018.
Cinco são os
principais itens da pauta eleitoral: saúde, economia, (des)emprego. politica
social e corrupção.
Jair
Bolsonaro, no quadro atual não ocuparia a primazia em nenhuma das
circunstâncias, superado por Mandetta no combate à pandemia; por Sérgio Moro,
no combate à corrupção; por Lula na política social. Esta fraco na economia e
no combate ao desemprego.
Seria
equivalente a uma competição de pentatlo. Bolsonaro sabe bem que para vencer
não precisa ser o primeiro em alguma das modalidades. Basta ser o segundo ou
até o terceiro em todas, desde que o vencedor de uma delas, seja muito fraco em
outras. O que vale é a soma dos pontos.
A ele interessaria a diversidade de candidatos e não a
polarização com um candidato, para vencer no
conjunto.
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