domingo, 21 de outubro de 2018

Percepção correta, personagens não

Em 24 de janeiro de 2018, colocamos esta chamada de atenção para a questão estratégica no processo eleitoral. Na ocasião Bolsonaro não havia despontado como candidato viável.
Ele como formação militar, adotou a estratégia do inimigo visível e transformou Lula, o PT como o inimigo, trazendo as condições visíveis da Venezuela, como a consequência da vitória do inimigo.

O discurso populista tem por base um principio básico da estratégia: para fortalecer a nossa posição e reunir os adeptos é preciso ter um inimigo visível. 
Se não existe de fato é preciso criar, fazer crer que existe. Dai a tônica do discurso populista é nós contra eles. 

No caso brasileiro, dois pré-candidatos à Presidência adotam, com sucesso o discurso populista. Lula, por um lado, tem como inimigo evidente o atual Governo Temer ao qual atribui todas as responsabilidades pelos problemas do povo brasileiro. 

Não lhe importa se verdadeiro ou falso. Escolhido como o inimigo, só é mostrado por elementos negativos. Não reconhece, nem pode reconhecer, qualquer elemento positivo.


Já o outro lado aproveita esse discurso para caracterizá-lo como o inimigo. Lula e o PT seriam os grandes inimigos que precisam ser combatidos. O discurso seria igualmente populista.


Por enquanto o "meio" também caracterizado como centro não adota o discurso populista e não elege - claramente - o inimigo. 



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Um novo amor!

Em 10/06/2018 publicamos este "post"

Para que se efetive uma ampla renovação do Congresso Nacional duas condições são essenciais:
Mal comparando, seria uma situação de fim de namoro ou casamento em que uma parte decepcionada com o(a) parceiro(a) se separa, e tem esperança de encontrar um novo amor. 
Se esse novo não aparecer, o eleitor ou eleitora, poderá voltar ao relacionamento anterior. Poderá perdoar as mazelas e até traições. 

A pergunta que não quer se calar é: quais são os discursos autênticos que o novato pode apresentar para sensibilizar suficientemente os vulneráveis, para que o eleitor vote nele e não nos conhecidos veteranos? 

Ou na comparação, como o novato pode ser o novo amor do eleitor ou eleitora que se separou, decepcionado com o(a) parceiro(a)?

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O risco da abertura unilateral

O Brasil está diante de repetir a história, com duas duplas improváveis: Guedes-Malan e Bolsonaro-Collor.
Guedes só cuida do setor financeiro e não dialoga com o setor industrial, assim como fazia Pedro Malan. Não é seu propósito uma abertura unilateral, mas não dará ouvidos às reclamações da indústria, caso Bolsonaro queira fazê-lo a moda Collor. 
A crise de emprego decorre, em grande parte, da desindustrialização. Que se agravará com uma abertura unilateral. 

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Estranha renovação

No Espirito Santo, Bolsonaro sai na frente, com grande vantagem sobre Haddad, mas o seu candidato ao Governo do Estado, Carlos Manato não impede a vitória de Renato Casagrande ainda no turno.
Para o Senado há total renovação, com dois novos Senadores e Magno Malta, o principal político apoiador de Bolsonaro, não foi reeleito, ficando em terceiro lugar.

Já para a Câmara dos Deputados e renovação nominal foi de 50%, com 5 reeleitos, mas um dos atuais deputados federais, Carlos Manatto, aderiu logo cedo ao Bolsonaro, foi candidato ao Governo e derrotado por Renato Casagrande. Mas conseguiu que os eleitores votassem em sua mulher Dra. Soraya Manato, também pelo PSL.
Dos outros 4 novos, Lauriette, cantora gospel, atual mulher de Magno Malta, ex-deputada federal, eleita em 2010, retorna à Câmara, para dar maior audiência às sessões da Bancada Evangélica, na Câmara, com as suas concorridas apresentações musicais. Da Vitória é um tradicional político capixaba, várias vezes eleito deputado estadual.
Amaro Neto, o mais votado é um apresentador de TV "tipo Datena", eleito em 2014, deputado estadual, com a maior votação, derrotado em segundo turno no pleito muncipal de Vitória, em 2016, agora recebeu o maior número de votos do eleitorado capixaba. 

A efetiva renovação dos quadros políicos ocorre com a eleição de Felipe Rigoni, um engenheiro de 27 anos, cego, que chega à Câmara dos Deputados, como o segundo mais votado. Felipe é um dos membros do movimento RENOVABR. 

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...