Parafraseando uma frase famosa, a economia não voltará a se movimentar em velocidades e com constância, sem o crescimento da demanda para a produção brasileira.
Parece que a gasolina abastecida no "posto ipiranga" está adulterada. Por isso o motor rateia e fica num anda e para.
O problema é maior, ou "mais em baixo". Não adiantará colocar um combustível "premium" , fazer ajustes ou trocar alguma peças do motor.
O motor está velho, desgastado, já perdeu a validade à muito tempo. Dá apenas partida para um círculo vicioso. Reduz empregos e, consequentemente, demanda. As reanimações artificiais com estimulantes tentadas pelos governos anteriores não deram certo e deixaram sequelas terríveis. Convivemos hoje, com os danos colaterais.
Sem pedidos os produtores não vão aumentar a produção, apesar de estarem co capacidade ociosa. Sem perspectiva de aumento da demanda futura, não vão investir para aumentar a capacidade de produção.
Não vai adiantar trocar o motor velho por um motor novo, sem uma vigorosa ampliação da demanda. Essa não está dentro, mas fora do Brasil. Mas não está à sua disposição e tem muitos concorrentes. Precisa ser conquistada.
O Brasil precisa conquistar mais e novos mercados no mundo. Em outros termos, aumentar as suas exportações industriais. Precisa ser competitivo, no mundo.
Não basta indicar as medidas. A sociedade, a indústria, as autoridades econômicas estão presas dentro das caixinhas antigas, tentam sair, mas tem recidivas. Os "olidies" querem fazer, agora, quando velhos, os que não deixaram fazer quando "boys". Pensam em abertura para dar a competitividade à indústria, dentro do mercado interno. Para concorrer com os importados. Não é suficiente.
O futuro precisa, já hoje, de novos jovens com "outra cabeça": voltada para o mundo. Não para dentro.
Em relação à economia brasileira, a primeira condição é vê-la como um mercado pequeno, quando muito médio. Com uma demanda insuficiente para gerar retorno financeiro aos grandes investimentos necessários em tecnologia.
Pequenos empreendedores são importantes. Mas são necessários grandes, mega empreendedores. Sem o apoio promíscuo do Estado.
(cont)
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