A Câmara dos Deputados, sob comando de Rodrigo Maia, assumiu plenamente a condução da Reforma da Previdência e aprovou o texto proposto pelo relator, com uma expressiva votação, 379 votos a favor, contra 131 votos contra, e três ausências. Os votos a favor foram muito superiores aos esperados, ainda que o último placar apurado pelo Jornal O Estado de São Paulo, indicavam como votos definidos apenas 298, abaixo dos 308 necessários para a aprovação. As expectativas otimistas chegavam a 350 votos a favor.
Por outro lado, definidos contra, até o final de terça-feira eram 117, com perspectiva da oposição, contando com os fechamentos de questão de alguns dos partidos de esquerda, chegar a, pelo menos, 190 votos contra. Foram, cerca de 60 votos a menos que engrossaram os votos a favor.
Apenas um dos destaques, com apoio das esquerdas, por abandar as regras para as professoras, uma das principais corporações defendidas por aquelas, foi votado e derrotado. A votação dos demais destaques foi transferida para amanhã, dia 11 de julho.
Deverão seguir o costurado por Rodrigo Maia e resultar numa Reforma da Previdência desidratada, sem resolver, ao longo dos próximos dez anos, o problema do déficit fiscal.
Garantirá a sobrevivência orçamentária e financeira do Governo, mas não dará condições para o seu desenvolvimento. As despesas obrigatórias continuarão consumindo a quase totalidade da receita, não deixando margem para os investimentos públicos.
A reforma da previdência foi colocada pela equipe econômica, como a "salvação nacional" e a jogou como "tudo ou nada". Sem contar com o apoio do Presidente da República, que só interviu como líder sindical, o único que se mobiliziou efetivamente a favor de categorias profissionais, porque as demais preferiram ficar na "resistência" ao Governo.
Vai ser aprovada, mas será apenas uma pedra no caminho da retomada do desenvolvimento. Outras precisarão ser retiradas, mas nenhuma das ditas reformas estruturais serão suficientes para redinamizar a economia brasileira. Essa seguirá crescendo, mas em "voos de galinha".
Na política, cresceu mais a importância e o protagonismo de Rodrigo Maia, em detrimento de Jair Bolsonaro, cada vez propenso ao cenário "Rainha da Inglaterra", sem poder efetivo para governar o país, ficando refém do Congresso.
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