A Petrobrás, desde sua criação, sempre foi vista pelo Exército, com o apoio das demais armas, como estratégica do ponto de vista da segurança e da soberania nacional.
O Brasil precisava ter o controle da disponibilidade de combustíveis para abastecer os seus tanques, aviões e outros equipamentos bélicos. Não poderia ficar na dependência de terceiros países. Esses poderiam, um dia, se tornar inimigos ou associados dos inimigos.
Na América do Sul, os países vizinhos sempre foram dominados por ditaduras de direita. A Venezuela, com Hugo Chavez quebrou essa hegemonia conservadora e outros países a seguiram. O Brasil, desde a primeira eleição de Fernando Henrique caminhou na direção do centro esquerda, com o PT avançando no rumo extremo, mas com visões distintas sobre a Petrobras.
FHC reduziu a importância estratégica de soberania da Petrobras, iniciando o processo de internacionalização da empresa e fundamental instrumento para a captação de recursos externos para investimentos no Brasil.
A Argentina, vista sempre como um inimigo bélico potencial, teve uma inflexão com Macri, mas que pouco durou, com o retorno do peronismo. O Brasil, com a eleição de Bolsonaro, assumiu uma declarada posição de direita, liberal na economia e conservador nos costumes.
Com o restabelecimento da democracia, após 22 anos de regime militar, o comando da Petrobras passou para os civis, funcionando como um braço operacional das políticas governamentais.
Dado o relevante peso dos combustíveis no custo de vida, sempre foi usado, circunstancialmente, para conter a inflação.
Com o governo petista e Dilma Rousseff, como a suposta competente técnica nas questões de energia, sob apoio do Presidente Lula, assumiu o controle da Petrobrás e com os sucessivos "mal feitos" quase a quebrou.
Paulo Guedes retomou a visão da Petrobras, como instrumento de captação de recursos internacionais, dentro de uma visão liberal. Para isso, ainda na fase de formação do governo, puxou para si, o comando da Petrobras, indicando seu colega da linha liberal, Roberto Castelo Branco, antes que a área militar ou política apresentassem o seu candidato.
Castelo Branco buscou a implantação de uma gestão voltada para resultados econômicos, privilegiando o interesse dos investidores.
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