Jair Bolsonaro, em campanha aberta pela sua reeleição em 2022, desde a posse, estava no campo ou na pista, sozinho sem adversários declarados. Todos os eventuais concorrentes são suposições dele, Bolsonaro e da mídia. A percepção de Bolsonaro é prática, ele desenvolve ações para a desconstrução do suposto concorrente futuro. João Dória seria o único concorrente.
Todos os demais são suposições de analistas, alguns políticos e difundido pela mídia que tem interesse em transformar a suposição em notícia.
Agora Lula resolveu se manifestar, tentando assumir a liderança de uma oposição do campo da esquerda. Manteve-se fora do campo, esperando por decisões judiciais que o livrassem de vez dos processos, alegando suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.
Cansou de esperar e anunciou o ingresso na campanha, colocando o "bloco na rua", com ele como candidato e se inviabilizado juridicamente, Fernando Haddad no seu lugar.
Guilherme Boulos a liderança emergente da esquerda reagiu negativamente, afirmando que essa deve apresentar projeto e não nomes.
Ele está certo, do ponto de vista da teoria política, assumida pela elite, mas Lula, mais pragmático sabe que o povo vota, majoritariamente, em nomes e não em propostas.
O nome traz em si uma proposta que é absorvida ou não pelo eleitor.
O nome Lula é associada à sua proposta básica, nem sempre compreendida e aceita pela teoria, mas bem absorvida pelo povo: melhorar a sua capacidade de consumo.
O bolsa-família não foi desenvolvido apenas como projeto social, mas como um projeto consumista (Não confundir com comunista) e deu suporte à eleição e reeleição de Lula e ainda as eleição e reeleição de Dilma.
O projeto Lula foi contaminado pelo vírus da corrupção e gerou uma forte reação do eleitorado que elegeu Jair Bolsonaro, em 2018.
Já o PT e Fernando Haddad são mais afeitos à teoria politica e tem como bandeira principal o combate à desigualdade social.
Haddad, o "Andrade" não tem perfil pessoal para assumir o projeto Lula. O único que tem tal condição é o próprio Lula.
Na prática, sem Lula, o PT não tem nada.
O campo da esquerda terá nova liderança. Por enquanto, Ciro Gomes e Guilherme Boulos, com alguma densidade eleitoral. Flávio Dino, perdeu as eleições municipais de 2020, no Maranhão, não sendo um candidato viável. É uma ilusão assumida pela elite esquerdista paulista seduzida pelo seu discurso.
Lula, mesmo com uma declaração extemporânea, obriga a esquerda entrar em campo ou na pista, para se organizar para a disputa em 2022. Sob intensa artilharia dos sectários bolsonaristas.
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