A superação da velha política (3)

A velha política sobrevive ou vive do voto dos eleitores aos deputados federais que atuam como despachantes de interesses comunitários ou corporativos.
Para vencê-los é preciso que o eleitor tenha opções e preferia a opção do que continuar votando naqueles que se propõe a representá-los em Brasília, para o atendimento de necessidades de curto prazo e limitadas dos redutos eleitorais. 
É importante reconhecer que esses despachantes tem votos porque representam uma coletividade.
Ninguém é eleito com meia duzia de votos. Precisa ter sempre milhares de votos, mesmo em Roraima, onde o piso para ser eleito é o mais baixo.
Em 2018 emergiram deputados novatos que não foram eleitos como despachantes. Mas alguns o foram exatamente por se opor à velha política. Em outros termos, concorrendo com os despachantes. 

Ainda foram relativamente poucos, mas representou uma nova força que poderá crescer nas próximas eleições, em função da insatisfação de parte da sociedade, com a atuação dos despachantes.

Com que imagem e discursos os novatos estão conseguindo conquistar votos, muitos deles tirados dos despachantes?

Os novatos, na sua maioria, emergiram como oposição. Com combate à velha política, assim considerada a vigente, pintada pelo fisiologismo e pela corrupção. Não apresentaram grandes proposições, mas prometeram não seguir a mesma cartilha política e se manifestar contra ela. À essa oposição à velha política, somou-se, em muitos casos, o anti-petismo. Mais um ingrediente de oposição.

Eleitos e submetidos às decisões em relação às proposições concretas, ainda estão indefinidos. Tem mais três anos para se definirem e se apresentarem novamente perante o eleitorado, mostrando como se posicionaram.  Dependendo desses posicionamentos poderão ser reeleitos ou não. 

O que é a velha política é conhecida. O que é a nova política ainda não. 

(cont)

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