A autenticidade do candidato é fundamental para gerar credibilidade perante os eleitores.
O marketing político recomenda que o candidato se mostre como o eleitorado quer. Mas isso pode ter efeitos contrários, com a percepção da falsidade.
Fernando Haddad não é um lulista autêntico, não é um populista. Apresentar-se como lulista seria falso. Optou pela autenticidade. Ele se assume como "factotum" e não como "alter ego" de Lula. Está no lugar de Lula. É um "laranja" assumido.
Outros não aceitaram esse papel. Haddad aceitou e está herdando os votos de Lula.
Ciro Gomes é mais lulista que Haddad. Tem um perfil mais próximo de Lula. Mas não conseguiu herdar os votos desse, perdendo-os para Haddad. Não por razões ideológicas ou programáticas. Por razões de imagem.
O que "Andrade" prega aos eleitores é que "votando em mim estarão votando em Lula. Estou apenas guardando o lugar dele. Quando ele sair da prisão, vai tomar o lugar. Quem vai mandar é ele".
É um estelionato eleitoral, sem vergonha, um golpe praticado sem subterfúgios, na "cara dura".
(cont)
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