Uma das principais forças que elegeu Jair Bolsonaro adveio dos votos dos eleitores indignados e insatisfeitos com o domínio da esquerda no poder, continuadamente à mais de vinte anos.
O petismo foi o principal alvo, mas a esquerda foi batida, em todo o Brasil, exceto no Nordeste. Nesse o medo superou a esperança. O mote do PT e demais partidos de esquerda foi o risco de perda do bolsa-família e das pensões dos "veinhos" com a eleição de Jair Bolsonaro.
O PT perdeu a eleição presidencial, mas ainda conseguir a eleição de uma bancada para a Câmara dos Deputados, pouco superior à do PSL, o partido de Bolsonaro. Ambos pouco proporcionalmente pouco representativos no conjunto, somando pouco mais de 10% dos cargos.
Com os resultados eleitorais o campo de esquerda está dividido em duas facções: o petismo e a esquerda moderada ou "light". Esta não aceita mais hegemonia do PT, a acusa de ser o responsável pelo desmoronamento da esquerda, e pressiona para que a sua direção faça a auto-crítica, reconhecendo os erros e a responsabilidade. O PT resiste a esse reconhecimento, para fazer prevalecer a versão de que não errou, faz dessa posição de resistência o seu novo principal mote e quer que o resto da esquerda o signa nessa posição: RESISTÊNCIA é a nova palavra de ordem.
Adotá-la é aceitar a hegemonia petista que continuaria definindo os rumos da esquerda.
O caminho alternativo da esquerda moderada é isolar o PT, ciente de que esse prefere morrer resistindo a se render, isto é, fazer a auto-crítica e reconhecer os seus erros. É da sua natureza.
O novo governo, declaradamente de direita, fez campanha tanto contra as ações tipicamente petistas, como as da esquerda em geral.
Os pontos principais do antipetismo que serão atacados estão os erros na condução da política econômica, de pouca transparência, as ações de invasões de propriedades alheias e o apoio aos regimes socialistas ditatoriais, principalmente Cuba e Venezuela. Resistir em torno dessas posições é "morrer resistindo".
A principal divisão ideológica no mundo moderno está entre o "progressismo" e o "conservadorismo".
O conservadorismo está fundado sobre algumas instituições tradicionais: a família, a religião, a nação e a ética.
O conservadorismo é a principal marca da direita. O progressismo foi assumido parcialmente pela esquerda.
Supostamente o progressismo está à associada à modernidade, o que nem sempre seria verdadeiro.
(cont)
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