O novo, não tão novo Davi (2)

A vitória de Davi Alcolumbre sobre Renan Calheiros, na disputa pela Presidência do Senado, tem sido creditado a Onyx Lorenzoni, o que faz pouco sentido.
Onyx Lorenzoni, sempre foi um deputado federal, do baixo clero, buscando progredir para o alto, mas mantido pelas lideranças tradicionais, no escalão intermediário, ganhando posições em Comissões, nas mesas e até mesmo liderança partidária. Tem como uma das características pessoais ser um "atropelador" o que lhe angaria adeptos e desafetos. Rodrigo Maia é um deles. Mas em política adeptos e desafetos são sempre conjunturais e mudam de acordo com as circunstâncias. 
Pela sua atuação, como ativo deputado do baixo clero, nunca foi bem visto dentro do Senado, principalmente pelas lideranças tradicionais. 
Onyx Lorenzoni foi bafejado pela fortuna (no sentido de Maquiavel), por ser, durante muitos anos  o principal colega de Jair Bolsonaro, dentro do baixo clero. As mesmas circunstâncias levaram à "varrição" das lideranças tradicionais no Senado e a ascensão de diversos deputados federais do baixo clero ao Senado, com a eliminação dos desafetos e ingresso de adeptos. Davi Alcolumbre antecipou-se a esse processo, quando José Sarney, o maior dos líderes tradicionais da "velha política" abriu um vácuo na disputa pelo Senado no Amapá. Davi Alcolumbre assumiu o cargo que era ocupado à muitos anos por José Sarney. 

(cont)

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