Diante de tantas controvérsias provocadas pelas declarações do Presidente Bolsonaro, uma pergunta recorrente, nos dias atuais, é Bolsonaro termina o seu mandato? Como estará Jair Bolsonaro no final do ano?
Um primeiro cenário, que podemos caracterizar como Bolsonaro, Presidente efetivo, na narrativa bolsonarista não tem qualquer dúvida na resposta. Bolsonaro está firme e forte na Presidência, no final do ano. Qualquer dúvida é colocada pela oposição e pelos golpistas que o cercam.
O Governo teria começado titubeante diante das resistências internas e da pouca experiência de muitos dos seus membros, mas agora Jair Bolsonaro assumiu plenamente a Presidência, impõe a sua pauta e pensamento e o Governo segue agora disciplinadamente as diretrizes definidas pelo Presidente. Já começa a mostrar resultados, como na infraestrutura e tem ainda muito a mostrar ao longo do ano.
Mantém o apoio popular, com viés de alta e a economia irá voltar a crescer com a reforma da previdência.
O segundo cenário pode ser caracterizado como "Rainha da Inglaterra". A ala militar preocupada com as reações contrárias do mercado às manifestações de Jair Bolsonaro, com a demora na retomada da economia e do mercado de trabalho, trazendo uma piora a curto prazo, com a interferência dos filhos, gerando conflitos internos e com a perda gradativa da popularidade e aprovação, resolve tutelar mais intensamente o Presidente, cerceando as suas manifestações intempestivas e exigindo que ele controle do filhos, restringindo as suas manifestações. A ala militar assume plenamente a coordenação das atividades governamentais, mitigando o caráter ideológico de muitas áreas. Transfere o comando da articulação política da reforma da previdência ao próprio Congresso, em canal direto com Paulo Guedes.
Jair Bolsonaro segue como presidente, mas tutelado, sem poder efetivo de governo.
O terceiro cenário se baseia na percepção pela ala militar de que Jair Bolsonaro é intutelável, incontrolável e indisciplinado, como sempre foi. Também não consegue controlar os filhos e os usa como seu porta-voz pessoal.
Diante da piora na situação econômica e condições de vida da população, refletidas na redução da popularidade, colocando em risco o sucesso do governo e aumentando a perspectiva de volta do PT, nas próximas eleições, a ala militar pressiona para que ele renuncie, repetindo uma situação de 30 anos atrás, quando ele foi instado a pedir reforma e deixar o Exército: "pede para sair".
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